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O início da próxima tempestade


Enquanto caminhava a beira mar, observava as pessoas que passavam por ele, olhava de vez em quando para o mar e se atentava as ondas agitadas que se formavam e vinham rapidamente se quebrarem em seus pés, sentia os pés cansados, doídos, as pernas estavam pesadas devido a longa caminhada diária que fazia, mas não se importava, gostava, se sentia bem e era o momento em que refletia sobre as tantas coisas que aconteceram em tão curto espaço de tempo, buscava compreender todo o processo e não somente um momento. Olhava para o horizonte enquanto pensava que há determinados momentos na vida, em que é necessário parar definitivamente tudo. É preciso parar realmente, não apenas se distanciar, mas sim se isolar e se afastar de tudo para que possa ter neutralidade e serenidade suficiente para buscar a origem de um processo que no presente, não corresponde aquilo que se buscava ou se esperava acontecer. Quando se tenta obter essa resposta preso aos fatos e acontecimentos, acaba por ter suas emoções envolvidas nessas circunstâncias e então, provavelmente haverá uma interpretação equivocada e consequentemente ações equivocadas de forma que poderá até mesmo agravar a situação ao invés de encontrar um melhor caminho ou forma de modificar essa realidade. Ele sabia que não seria fácil conseguir esse afastamento, haviam muitos sentimentos envolvidos, lamentava e sofria por cada imagem que lhe surgia a mente, sofria ao pensar em tudo, que mesmo sem intenção acabou acarretando a outras pessoas, sofria a tudo que sentia também de forma tão severa. Procurava desesperadamente uma forma de neutralizar isso, para mudar suas atitudes, procurava a beira da loucura conseguir se fazer entender, porém, quando parecia que algo se esclarecia, um novo fato ou algo que não era de seu conhecimento acontecia e tudo voltava a estaca zero ou pior ainda, se tornava mais grave.

Nessa tarde, resolveu voltar sem pressa, sabia que havia algo por acontecer e sentia de alguma forma que não seria nada favorável. Pressentiu isso, depois de estar em companhia de alguém que lhe era muito especial, ao se encontrarem estava tudo até que relativamente tranqüilo, porém, após saírem do local onde haviam ido, um silêncio aterrador tomou conta de sua alma, sentiu um peso imensurável sobre teus ombros, sentiu apertar o peito e desviou o olhar para fora, olhava pela janela do carro para que não percebessem que algo não estava bem com ele. Não sabia explicar, apenas sentia... Sentiu na voz daquela pessoa, sentiu no toque de sua pele, sentiu no ar. 

Após o percurso, retornou, durante todo o caminho tinha em sua co presença a sensação de que a qualquer momento receberia uma notícia ruim, não conseguia ao menos deduzir qual seria, sentia que estava relacionado aquela pessoa, mas não conseguia definir, assim que chegou ao seu trabalho, enviou um e-mail, queria saber como ela estava, tinha intenção de comentar com ela o que sentiu, mas, algo o fez calar, algo dizia que não era o momento de questionar, mas sim esperar, pois a sensação se tornara tão intensa, que tinha certeza que algo aconteceria, pegou então alguns materiais de trabalho e saiu, não tardou para seu celular tocar, olhou o número era ela, seu coração disparou, sua respiração causou a impressão de que se cessara por alguns instantes, atendeu, do outro lado ela questionou o porque da mensagem, ele disse que apenas queria saber se ela estava bem, se estava curtindo sua mais nova conquista, conquista essa que o deixava muito contente por ela, sempre a admirou, respeitou e quis o melhor para ela, ainda que as vezes sem querer não conseguisse proporcionar isso. Ela então, em um breve diálogo disse que tinha uma notícia, que não era boa, não para ela, mas não era boa para ele. Ele perguntou, mas ela disse que era algo que não poderia ser dito por telefone, que esperaria por ele para conversarem, desligaram. 

Apesar da intuição que sempre foi muito forte com ele, ele sabia que nem tudo que sentia deveria ser dito, algumas coisas, mesmo que a lógica lhe mostrasse o que seria, era prudente aguardar, a menos que houvesse riscos muito graves para alguém. Nesse caso, o risco sendo muito grave ou não envolvia somente a ele e como sempre fora orientado de uma forma que ele jamais revelara a ninguém, quando envolvia somente a ele, jamais deveria revelar. Caminhou, em silêncio, observava, ouvia as ondas, o mar, o vento, mas ouvia também a voz em seu interior. Sua mente confusa, analisava todas as possibilidades que podia criar, divagou desde a mais lógica conseqüência até a mais absurda, mas sabia, que esse seria o momento decisivo em sua vida, sabia que por mais que ele tenha tentando adiar, não teria muito o que fazer agora. Sua vida estava prestes a ter seu rumo definido pela força sempre presente. Por muitas vezes questionou, tentou explicar de uma forma mais branda aquilo que sempre o acompanhou a vida toda, e mais que isso, tentava dar pistas que os fatos que aconteciam, não eram meros acasos, mas na verdade, fatos que ele sabia que aconteceriam, não tinha os detalhes, a forma, as pessoas envolvidas, mas ele sempre soube quantos percalços passaria até atingir a maturidade e evolução necessárias, para começar a colocar em prática aquilo para o qual fora criado, não tinha autoridade para explanar sobre isso com quem quer que fosse, como forma de se expressar usava textos, poesias, contos para dar vazão aquilo que não podia compartilhar. Mas, apesar do turbilhão de sentimentos, imagens e da confusão que se tornou seu ser, ela sabia o rumo da sua vida mudaria, mas não era isso que o assustava, pelo contrário, o que o amedrontava é que com essa definição, seu fim também estava próximo e sabia que única forma de evitar que isso acontecesse antes do prazo há muitos e muitos anos definida por uma antiga cultura descendente de uma espécie de conhecimento muito mais avançados e espiritualidade evoluída, seria encontrar alguém que complementaria a compreensão e a força que sempre trouxe contigo, hoje começaria uma verdadeira corrida contra o tempo, não o tempo dos relógios, mas o tempo além do espaço.

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