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A nova revelação III - O recuo


Ele descobriu essências maravilhosas nos desafios que enfrentou, e com ela não era diferente. Percebia nas pessoas seres lindos escondidos atrás de sombras criadas por cada uma delas para se protegerem e dessa forma tentarem evitar uma nova decepção, um novo sofrimento. Ele conseguia ver essas belezas além dos semblantes tristes e dos falsos sorrisos. Ele descobriu verdadeiros anjos que agiam como demônios para impedir qualquer pessoa de até mesmo desconfiarem do amor que elas traziam dentro de si.
Mas com ele foi diferente, não conseguiram evitar e quando perceberam, navegavam nos mares caudalosos de suas almas.
Mas nesse novo e último desafio ele teria que ir muito além disso, não bastaria apenas mostrar o anjo, o amor e a luz que reluzia sob a dura crosta de tristeza, dor, sofrimento e solidão que ela tentava manter em torno de si, para não aceitar sua essência. Ele teria como desafio fazê-la acreditar no melhor que existia nela, porém, já havia presenciado as diversas vezes que através de muitas formas ela tentou fazê-lo, porém, quando faltava pouco para ultrapassar suas barreiras, ela desistia, ela mudava sua postura, seu comportamento e seus pensamentos, alimentando tudo o que de negativo que ela tentava eliminar e com isso voltava ao início de todo o processo. O monstro que ela alimentara por tantos anos, conhecia cada espaço de suas entranhas e como por diversão a deixava acreditar que o estava vencendo, para depois, com um doloroso golpe, trazia a sua lembrança aquilo que mais a fragilizava, que a fazia sentir-se culpada, incapaz e o pior de tudo, a fazia se sentir mal consigo e assim, ela permanecia nesse ciclo, o qual ele tinha a missão de resgatá-la. 
Ela criava em si um medo constante de um futuro que não existia e nem existirá, devido ao medo que ela tinha de criá-lo. E sentindo-se insegura com relação a esse suposto futuro, seu monstro lhe trazia todas as vezes em uma bandeja de prata, todos os seus medos e culpas do passado, impedindo assim que ela criasse um novo futuro, fazendo-a acreditar que tudo seria uma repetição, e com isso a prendia nesse ciclo, pois esses mesmos medos e culpas a faziam agir de forma a conduzir a realidade a levá-la a viver novamente o que tanto temia, afastando de si, todas as pessoas que tinham a coragem de dizer-lhe que ela não era aquilo que ela tentava mostrar ser.
E assim, acreditando nas mentiras criadas por seus próprios demônios e querendo acreditar nos sonhos e desejos sufocados em teu coração, vive em eterno conflito.
Ele se debruça dia e noite sobre isso, buscava dentro de teu ser repleto de conhecimento, informações e experiências uma forma ou a melhor forma de lidar com essa situação, de trazê-la para o melhor de si. Suportava os piores ataques que sofria, conteve seus próprios demônios e monstros até esse momento em que começavam a mostrar sinais de querer saírem e derrotá-lo. Conseguiu contê-los, mas traz em si a sensação de que fracassou em sua missão, mas as vozes diziam que ele não falhou, que ele não tem como avançar nesse confronto agora, mas que ganhou importantes espaços, ela não percebeu e não aceita aquilo que lhe foi ensinado e compartilhado, ela ainda está na inércia, mas com o tempo isso irá se revelar a ela e então ela perceberá a importância e força do que ele deixou, mas nesse momento o melhor seria se afastar dela, para que ela viva as experiências necessárias para descobrir e compreender isso.

Uma nova revelação II


Infelizmente ela não queria enfrentar seus próprios monstros e para se livrar deles quando eles se mostravam, vindo à tona, tornava-se agressiva e buscava afastar de si aquele que descobriu seus mistérios mais bem guardados, buscava de todas as formas afastá-lo por ter trazido à superfície o demônio escondido no mais profundo de sua alma e tenta justificar sua agressividade colocando sobre ele a culpa por tudo o que acontecia de forma contrária ao que esperava, a culpa de todas suas frustrações, de todos os seus medos e de tudo mais que havia de negativo em si.
A própria infelicidade, baixa estima, a falta de amor próprio passavam a ser responsabilidades daquele que a ajudou a confrontar os próprios fantasmas, que a ajudou e encarar de frente aquilo que mais odiava em si.
Ele sabia que isso passaria, que ela se tornaria um pouco melhor por conseguir enfrentar mais uma vez seus monstros, ainda que não os tenham vencidos, mas sabia que ela estaria mais fortalecida após essa batalha. Mas ele sabia também que jamais seria reconhecido por isso, que ela jamais lembraria que fora ele que no início era admirado e que agora passava a ser odiado, desprezado e isolado e que fora ele quem deu início ao processo de crescimento dela, ele sabe que ela jamais desconfiará que ele sabia que isso iria acontecer, que mesmo ele não sabendo quando ou como, sabia que aconteceria, ele sabia que passaria várias vezes por situações semelhantes. 
Ele sofria com isso, mas sabia que fazia parte de sua preparação, pois quando chegasse o momento de enfrentar sua última missão ele teria que estar muito mais preparado e fortalecido para poder enfrentar e lidar com o pior demônio que existe na alma humana, ele teria que lutar com o ódio que se tem de si, o ódio de quem vive em conflito com o amor próprio.
Um sentimento traiçoeiro que a levava a ter variações de comportamentos que ela própria não conseguia compreender, eram variações que geram conflitos em seus valores, conceitos e opiniões. Conflitos que a  colocava constantemente em uma viagem de idas e voltas do céu ao inferno e por não aceitar e não compreender, se agarrava a determinados fatos para justificar sua agressividade e basear todos os demais fatores para explicar a si mesma que não tinha responsabilidades sobre sua infelicidade e para não se sentir tão mal diante do espelho e para algumas pessoas próximas fazia meia culpa, arrumando alguma parcela de responsabilidade, mas é apenas uma forma de amenizar e confortar-se diante do fato de que alguém invadiu sua alma e desenterrou seus medos e monstros para trazer e mostrar o lado belo de sua essência que sempre insistiu negar existir.

Uma nova revelação


Um dia acreditou que seguia pelo caminho certo, que havia encontrado o sentido que o levaria à sua última missão, aquela que o permitiria seguir verdadeiramente livre.
Acreditou piamente nesse pensamento que mergulhou não uma, mas quatro vezes. Aceitou esse desafio e acreditou em seus mentores porque eles lhe disseram que assim deveria fazer.
Mas, para cada fato desconcertante e inesperado que acontecia ele se questionava e questionava também as vozes, porém, as respostas eram sempre as mesmas, as respostas diziam sempre que ele deveria prosseguir e suportar além de seus limites. Elas diziam que ele havia escolhido e que teria a opção de desistir dessa escolha, mas os efeitos para si e para as pessoas diretamente ligadas a ele seriam sérias demais, não significaria somente um retrocesso a ele, mas também à essas pessoas, que querendo ou não sentiam os efeitos de todos os atos praticados por ele.
Por dias e noites ele buscou em sua memória o momento em que fizera tal escolha, em que momento aceitara se colocar como alvo de agressões de todas as naturezas, ainda não havia sofrido agressões físicas porque sempre fora protegido nas mais diversas situações de riscos por seus mentores. Mas emocionalmente se sentia constantemente massacrado por muitas pessoas.
Lembrava-se que desde a infância, de alguma forma questionava coisas que não correspondiam às responsabilidades de sua idade, que desde muito pequeno conseguia acessar e fazer com que as pessoas questionassem a si mesmas e muitas vezes sofria por isso, pois, sem que as pessoas percebessem ele as conduzia pelos meandros de sua intimidade, levando-as a conflitarem com seus medos, traumas, culpas e sentimentos que elas haviam aprisionados no mais intimo porão de suas almas, acreditando ingenuamente que eles jamais ressurgiriam.
Poucos conseguem lidar e administrar seus monstros, ele próprio descobriu os seus e depois de muita reflexão e contemplação aprendeu a mantê-los em silêncio. Porém, nesse momento se viu perdendo o controle e sentiu esses monstros ressurgirem dentro de si, querendo expressar toda a fúria de anos e anos contidos e aprisionados sem poderem se manifestar. E devido a isso buscou o lugar que era necessário para esse momento, mergulhou até as profundezas que era necessário chegar, mesma sabendo que havia o risco de não mais voltar e os colocou novamente sob seu domínio.