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Quando o silêncio é a melhor opção


Ele não se preocupou em acordar ou levantar cedo. Era feriado e não iria trabalhar. Foi acordado por ela querendo conversar. Ela propôs uma trégua, ela reconhecia que não havia sentido nas discussões que sempre provocava, sugeriu um convívio de paz até que um dos dois se mudassem.
O coração dele disparou, de certa forma ele ficou contente. Apesar de saber que aquilo reforçava a definição de que não havia mais possibilidades entre eles, por outro lado dava a ele a conotação de que ela percebera que tudo o que ele sempre quis até o momento era justamente um convívio harmonioso, até que se definisse o caminho que seguiriam, mas que parecia não adiantar ele tentar fazer o que ela fazia nesse momento.
O dia transcorreu tranquilo, sairam junto para fazer compras, conversaram, brincaram e riram como se fossem um casal perfeito. Voltaram para casa já se iniciava a noite, tomaram um banho, comeram e beberam algo e foram deitar.
Ao acordarem no dia seguinte, conversaram pouco. Ela pouco falava e novamente sem motivo aparente, apesar da trégua proposta por ela, horas antes, tudo parecia não ter acontecido. Ela se vestiu e saiu deixando-o só, sem ao menos se despedir. Ela voltou para casa já era tarde, ele já estava deitado, mas não dormindo. Ao ouvir o barulho das chaves na porta, fechou os olhos e fingiu dormir, não queria uma nova discussão ou mesmo uma conversa, estava triste.
Despertaram na manhã seguinte, ele permaneceu deitado, não queria incomodá-la enquanto ela se vestia. Ficou em silêncio, estava deitado olhando o teto, com a cabeça apoiada nas mãos, que tinham os dedos cruzados atrás da nuca. Enquanto esperava ela terminar de se arrumar, pensava que a trégua que ela havia proposta estava próximo da fim, percebia no semblante dela que algo passava em sua mente e tinha certeza que não era nada favorável a ele, mesmo ele não encontro os motivos que a fazia mudar de temperamento dessa forma. Já alguns dias que percebia que ela mexia em suas coisas, em seu computador e tudo o que podia ser mexido, não falava nada, não queria causar discussões ou dar a ela motivos para tal. Ele não tinha nada a esconder, não tinha para que a impedisse de mexer no que quer que fosse.
Desde que ela definiu e deixou claro que não sentia nada por ele, ele sofria em silêncio, sentia-se só, doía em seu peito toda vez que a olhava e via em seu olhar indiferença e nada do que tentava ou fazia era o suficiente para mudar isso, ao contrário, muitas vezes, até mesmo o fato de tentar fazer um agrado se tornava motivos para ser criticado e iniciava-se uma nova discussão, ele sofria, mas também estava cansado disso.
No dia seguinte, sem uma palavra, pegou suas coisas, virou-se e saiu. Não disse nada, mas sabia que apesar de tudo ela não conseguia se ver distante dele, porque precisava de sua força para se alimentar, mas ele não tinha mais o que oferecer a ela. Ele sabia, podia ver as coisas que aconteceriam dali em diante, ele pode vislumbrar as consequências dos atos dela a partir dali e tudo o que aconteceria com as aproximações que ela estava fazendo de outras pessoas. Tudo iria parecer bom, mas depois se tornaria o pior pesadelo que ela jamais poderia imaginar. 
Uma lágrima rolou de seus olhos ao vê-la em seus pensamentos, ao vê-la sofrer tanto, mas não podia dizer, ela fez a escolha e a única lei imutável no universo é a lei da ação e reação. Seguiu seu caminho em silêncio, mergulhado em sua dor. 

Escolhas


Ainda que tua dor te faça me culpar por seu sofrimento, que tuas lágrimas sejam sempre ditas motivadas por mim. 
Ainda que tua solidão, sendo escolha tua, seja a mim imputada.
Não aceitarei o encargo que me empurras de cuidar de sua vida.
Seguirei meu caminho em paz comigo por saber que respeitei o direito de você ser quem você queira ser, de viver como optar em viver e mais, respeitarei o direito de eu ser livre e te deixar livre para tuas escolhas.
                                                                                           Karl Mot                                                                                                    

Mãe e filho


Ainda lembro quando tudo começou, lembro da sensação maravilhosa que era sentir a vida germinando.
Lembro do momento mágico de quando foi trazido ao mundo, lembro do sonhos que me povoaram a mente quando ouvi o som da sua voz naqueles primeiros segundos fora de mim.

Lembro de você crescendo, seus sorrisos, suas lágrimas e suas brincadeiras, lembro dos nossos momentos de alegria, nossas discussões por causas de suas teimosias, lembro dos seus primeiros problemas e como eu o ajudei a resolvê-los, mas também me lembro daqueles que aprendeu a resolver sozinho.

Mas o tempo impiedoso e insensível passou, os meus sonhos e planos se transformaram, como você também se transformou. Aquilo que eu havia tanto desejado para nós, não era mais e tive que me adaptar a uma nova realidade sem você, sem você ao meu lado.

E você cresceu, de certa forma descobriu e aprendeu o que quer para si, desenvolveu sua própria personalidade, suas vontades e desejos e me assustei com isso. Quando percebi que você não era mais o menino que segurava minha mão para caminhar, vi que eu precisava da sua para eu continuar caminhando.

Talvez por esse medo nossas opiniões se divergem e isso é bom, porque podemos conversar e discutir, não mais somente como mãe e filho, mas principalmente como amigos.

Me desculpe se a primeiro momento não o entendi, como disse pensei que não havia crescido para mim, ledo engano de amor de uma mãe e todas suas imperfeições. Hoje aprendi que os erros e defeitos fazem parte da dança, mas não são a dança em si.

Confesso que admiro o fato de pensar por si, ainda que me assuste o fato de não precisar mais de mim. Mas peço que perceba o seu jeito em mim, assim como percebo parte de mim em você. Afinal somos parte e complemento um do outro, ainda que cada qual viva sua vida.

Espero que possamos sempre discutir nossas diferenças e nos encontrarmos em nossas diversidades e nos respeitando mais do que mãe e filho, mais do que amigos, mas principalmente como seres humanos ligados por um eterno vínculo.

(Texto escrito em maio/2008 a pedido de uma amiga para entregar junto com um presente para um dos filhos com quem as diferenças se mostravam mais presentes do que as afinidades)   
 Karl Mot

Energia



Saiba, a vida é linda, o universo maravilhoso.
A energia que nos rege com sua força vive pulsando nas frequências e ondas que dominam o ar e as mentes. Entregue-se a esse ritmo frenético de alegria e luz, pois, somos em essência energia.
Cultive o sorriso, alimente o ânimo aos que estão a sua volta, sinta a vibração positiva e contagiante de tudo a sua volta, ignore aquilo que não te coloca em harmonia com os teus sonhos e desejos, 
ignore as frases negativas que te tiram do seu objetivo.
Responda com um sorriso quando alguém ao teu lado reclamar da vida 
e se não adiantar dê-lhe um abraço, fixando seus pensamentos na energia azul e positiva do universo que te envolve juntamente com a pessoa enquanto estiverem abraçadas.
Os conselhos não servem para você e para quem os ouve, pois, nunca os seguirão, 
conselhos servem apenas para quem os diz lembrar-se dos erros que cometeu.
Olhe nos olhos de quem fala com você e tente sentir em teu coração o que ela realmente quer lhe dizer.
Respire intensamente, profundamente, cante, salte e voe.
Voe para as alturas que você sonha em alcançar, porque quando estiver bem alto perceberá que não há limites para a força que pulsa em ti e verá que poderá ir cada vez mais alto e terá um universo imenso a desbravar. Porque você é energia, você é força e uma parte fundamental desse conjunto de vida que chamamos UNIVERSO.

                                       (Texto escrito em 12/06/2008) Por Karl Mot

Em busca de mim


Como descrever a complexidade de algo tão simples como um olhar?
Como compreender os motivos de um suicídio?
Como descrever a simples alegria de viver?
Como explicar a força de um sorriso?

Olho com paixão para cada ser que passa por mim, mesmo não me notando.
Tento me ver nessa alma, me sentir em seu coração.
Talvez eu busque no brilho de um olhar a luz que irá clarear a escuridão das minhas dúvidas.

Sinto a brisa morna e suave que sopra contra minha face e me traz uma estranha saudade de 
lugares que não visitei e de pessoas que nunca conheci.

Busco em cada sinal de vida compreender o sentido de meu existir...

                   (Texto escrito em 10/06/2008) Por Karl Mot

Paisagem


Como que em um passe de mágica, eis-me aqui. Encontro-me em um ambiente bastante diversificado e ao olhar a paisagem percebo que aos poucos ela se adapta a minha perspectiva, ou será que eu me adapto a ela?
Aos poucos essa paisagem se revela como um manhã em que a neblina aos poucos se dissipa sendo rompida lentamente pelos raios de sol com toda sua delicadeza e força.

Olho para as pessoas a minha volta e busco em seus olhares os seus sonhos, seus desejos e seus medos.
Vejo rostos lindos sustentados por corpos esculturais, vejo sorrisos simpáticos tentando ocultas doloridas lágrimas das carências deixadas por um relacionamento fracassado e inseguranças causadas pelas quedas onde se esperava uma mão para segurar-se e esta faltou no momento do tropeço, vejo sorrisos desesperados por esconder culpas de atos duvidosos quando serem os mais adequados, vejo tudo isso mesclado a ansiedade que os envolve em uma nova oportunidade que nesse instante se mostra diante de cada um, inclusive de mim.

Vejo pessoas que não tem claro e certo para si aquilo que buscam, nem mesmo conseguem definir exatamente o que mais necessita nesse momento, vejo pessoas que tentam acreditar que se conhecem o suficiente, numa tentativa frustrada de mascarar a total desorientação em que se encontram, na talvez equívoca esperança de transmitir uma imagem de que é capaz de se opor a qualquer dificuldade que surja, como talvez eu mesmo o faça.

Vejo a minha volta um pequeno universo com toda sua cumplicidade implícita em sua simplicidade paradoxal.
Vejo a minha volta um pouco de mim, em cada rosto, cada sorriso, cada lágrima escondida, em cada grito abafado do coração em opaco brilho de olhares foscos.
Vejo a minha volta um pouco mais de minha própria paisagem...

                         (Texto escrito em 07/06/2008) Por Karl Mot

Jamais


Penso em algo que talvez jamais tenha existido.
Acaricio em meu dedo uma aliança que jamais usei, uma aliança que hoje sei, jamais foi firmada.
Um compromisso que jamais tenha existido,
uma cumplicidade unilateral e que jamais fora o que acreditei ter sido um dia.
Penso em um sentimento que hoje desconfio jamais ter conhecido, uma sensação que hoje sinto, jamais ter sentido, acredito hoje que esse sentimento tão intenso jamais tenha se apresentado a mim, foi apenas um sonho que eu quis acreditar ter sido verdade.
Sinto hoje algo que apenas tive coragem de alimentar a ilusão de ter encontrado o que buscava sentir, mas que na verdade jamais se aproximou de mim.
Penso em você e começo a desconfiar que em todo esse tempo ao meu lado, você jamais acreditou sermos nós e continuou a viver sendo eu.
Percebo agora que enquanto estive ao seu lado fui como o rochedo em frente ao mar que quando tocado pelas ondas não sentia o frescor das águas, somente os golpes doloridos desferidos por elas.
Como a areia do deserto sob uma forte chuva que apesar de saciar a sede, não era suficiente para umedecer e refrescar meu interior, sinto que ter estado ao teu lado, fora como jamais ter deixado de estar só...


                                               Karl Mot (05/06/2008)





Além de um olhar


Que lágrimas são essas que esconde atrás de seu carismático sorriso?
Lágrimas de infância?
Lágrimas de sonhos não realizados?
Lágrimas de sonhos que se tornaram seus senhores?

Que sensação é essa que sufoca tua respiração e causa um aperto em seu peito?
Será um novo amor?
Será um novo medo?
Ou é apenas a solidão?

O medo em seu olhar é
o medo de se machucar ao
tentar fugir da solidão.

As lágrimas em seu sorriso
são lágrimas da infância, dos sonhos
que se tornaram seus senhores
matando a criança dentro de ti.

A sensação em teu peito
é o amor em batalha com o medo
deixando-a na solidão.

Busque sem medo as respostas dentro de si,
olhe sem receios ao teu redor e
encontrará a luz em meio a neblina que te cerca.

Ouça no vento a melodia de uma nova canção,
veja nascer com o sol uma nova emoção.

Deixe para trás as dores e 
aprenda com o teu passado, pois,
o presente já foi e agora vem o futuro.

Abra o teu peito para a força que vem,
abra teu ser para a vida que renasce
abra o teu sorriso para si, 
porque está viva e isso por si só, é uma dádiva.


                                     (Texto escrito em 03/07/1988 por Karl Mot)