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O improviso daquele que não pensou o que dizer

      
   
Ele caminhava sem destino, sem preocupação e sem expectativas. Apenas caminhava, por caminhar. Não havia combinado encontro algum, também não havia ninguém com quem pudesse combiná-lo. Acordou aquele dia, muito cedo, cedo demais até, então, resolveu dormir um pouco mais e quando acordou novamente já era tarde, tarde demais até... Levantou-se, coçou a cabeleira avolumada que desesperadamente lhe pedia um corte, esfregou os olhos, que solicitamente pedia-lhe para que fossem melhor cuidados, mas ele não ouviu os apelos nem de um e nem de outro. Lavou seu rosto, colocou uma bermuda, uma camiseta e se permitiu sair naquela tarde ainda ensolarada. Simplesmente pôs os pés fora do portão e pensou: "Leve-me meus pés, para onde queiram ir, porque eu não tenho onde ir mesmo..."
E assim ele iniciou sua caminhada, olhava para o nada diante de ti e quando alguém se colocava entre o seu imaginário horizonte e seus pensamentos, observava atentamente cada detalhe daquele que passava, seus pensamentos se tornaram uma montanha russa, onde imagens o levavam para o céu e em questão de segundos essas mesmas imagens o traziam de volta para o seu próprio inferno. Ele não se importava, ao contrário, se divertia, gostava de brincar com as imagens e palavras, gostava quando as imagens e palavras brincavam com ele. Não levava nada demasiadamente sério, mas também, nada era tão fútil que deveria ser considerado somente brincadeira. Havia uma alegria oculta e diferente no brilho de seu olhar, havia uma armagura e uma tristeza cativante no singelo sorriso que as vezes sorrateiramente fugia por entre os cantos de seus lábios. Ele apenas era assim, uma criança no corpo de homem, o homem em corpo de menino, uma mente velha demais para idade que tinha, idade demasiada baixa para os sonhos e experiências que já viveu e por isso mesmo ele brincava consigo, com todo e com o mundo e por isso mesmo não brincava com nada, pois tudo o que era brincadeira carregava sua mais transparente verdade e tudo que era sério, não passava de uma forma de brincar com quem estava a sua volta, porque o que realmente o fazia feliz era suas subidas e descidas na maravilhosa, interna e eterna montanha russa.