Foram tantas às vezes que a vida me colocou à prova e as pessoas que eu acreditava que me ajudariam, foram justamente as que me empurraram para além dos meus limites e quando não o fizeram, também não se colocaram ao meu lado.
Segui, ainda que de joelhos, sem poder ver o horizonte a minha frente devido as lágrimas que embaçavam minhas vistas e quando o dia raiava a noite permanecia em mim, as feridas doíam, os cortes ardiam e as cicatrizes queimavam, mas, eu seguia.
E após as longas trevas que me envolviam se dissiparem, eu me colocava em pé e repetia a mim mesmo que não seria assim o meu fim, não permitiria que vissem o meu fim. Sentia no mais íntimo que tinha que prosseguir, acreditando ou não, tinha que continuar e vencer, por mim e apenas por mim e superar tudo aquilo que parecia querer me impedir.
Anos se passaram e entre acertos e erros, que hoje não sei se foram certos ou errados, mas, que de qualquer forma me colocaram aqui e aqui sigo, um dia após o outro, vivendo as maravilhosas surpresas do acaso, que por acaso seguem uma ordem dentro do caos das incertezas tão seguras quanto os sentimentos tão intensos da alma humana.
Venço a cada segundo, a cada novo sorriso, a cada novo passo em minha jornada. Venço a cada dia que diante do espelho me vejo em pé e com o desejo de vencer. E sei que vou. Assim como sei que há muitas pessoas que não acreditam em mim, outras indiferentes e outras ainda que são tão gentis a ponto de demonstrarem alguma preocupação. Sigo com a certeza em meu olhar, a segurança em meu silêncio e minha confiança em minha distância.
Não me importo mais tanto quanto antes, com o que pensam ou sentem à meu respeito, fui aos poucos construindo a minha muralha, hoje vivo nela, há somente uma entrada e o acesso é dado somente a quem conquista o meu apreço e ainda assim, há quem o conquiste, mas, por não acreditar em mim, simplesmente opta por ignorá-lo e com isso, abre mão de um tesouro que eu sei, não será novamente encontrado.
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