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A última partida (Acróstico)

"... Quem pensa por si mesmo é livre e ser livre é coisa muito séria, não se pode fechar os olhos, não se pode olhar para trás sem se aprender alguma coisa "pro" futuro..." (Renato Russo)


Quem um dia,
Uma vez na vida, não
Esteve à beira do desespero em uma decisão
Meticulando cada possível consequência?

Pensou e repensou cada palavra,
Encontrou para cada gesto uma explicação e
Não se conteve ao imaginar um desfecho,
Sentindo como real aquilo que é imaginário
Apenas por saber como seria a dor?

Procurou de todas as formas uma nova saída,
Optou por anular-se e
Recebeu muitas vezes calado o que não queria?

Sentiu ferir seu coração a palavra carinhosamente atirada e
Infrigiu seu próprio orgulho para não ferir?

Manteve a calma quando todos já a haviam perdido?
Esteve sereno quando todos gritavam?
Segurou suas lágrimas quando todos riam?
Mexeu nas crenças quando todos as aceitavam e
Ocultou toda sua dor, quando era alvo de agressões?

Esteve a porta do inferno com o demônio e tomou um drink?

Levou ao céu toda a legião do mal?
Induziu a inocência ao pecado?
Velou a noite de sono daquele que temia a escuridão?
Resgatou aquilo que havia de oculto no interior alheio e
Esteve em cada desejo escondido atrás de um olhar?

Enquanto não era compreendido, compreendia?

Sonhou acordado enquanto dormindo outros devaneavam?
Esperou que o tempo cicatrizasse as feridas e
Rebelou-se quando percebeu estar certo demais?

Lutou contra os seus próprios princípios
Inventando novas regras para o jogo?
Virou a mesa quando já estava vencendo?
Regozijou quando se entregou a miséria e
Esteve olhando direto para os olhos das morte 

E apenas, sorriu...?

Conseguiu ver nas atrocidades do mundo
Outro significado além das críticas?
Imaginou no árido deserto
Seu mais belo jardim?
Angariou com seu meio, um abraço a um amigo?

Mediu a intensidade exata de um olhar?
Unificou aquilo que antes era separado?
Interviu naquilo que não fio chamado?
Trouxe para si a responsabilidade que não era necessária e
Ouviu dos lábios mais queridos, a palavra mais cruel?

Sugou da rosa todo o fel de seus espinhos?
Espiou por entre olhares aquilo que tentavam esconder?
Riscou de seu futuro o que antes havia planejado
Intentando contra a segurança de seu mundo
Apenas para correr o risco de amar...?

Negou a todo instante
arrepender-se do passado e
Ouviu nos ventos as novas canções do tempo?

Segurou em suas mãos as lágrimas do ser amado e
Engasgou com o grito que seu coração soltou?

Procurou com um olhar responder aquilo que não explicava?
Omitiu de sua história aquilo que faria o outro chorar?
Denunciou a si para poupar alguém de sofrer?
Esteve solitário no caminho da vida e ainda assim só quis ser?

Fechou-se para a dor e
Escancarou-se para o Sol?
Chovia esperança em seu olhar e
Apenas quis brincar de amar.
Raras às vezes que pensou que poderia sangrar.

Outra vez vagou sozinho em seu mundo e
Sussurrou ao espelho seu desejo mais profundo.

Olhava no horizonte a chance de alcançar a 
Liberdade junto à alguém,
Hesitou em dizer algo sem a certeza de agradar
Somente para não ferir outra vez.

Nunca se escondeu das tempestades e
Andou calmamente contra o vento forte que soprava.
Observou as intenções e não fugiu dos golpes que sofreu.

Subiu todos os degraus para provar para si ser capaz e
Encontrando em seu topo, nada além que o silêncio.

Permitiu que o tempo transformasse sua vida.
Orou para que a treva lhe mostrasse a dor.
Dividiu o que já não tinha,
Esperando providências de um deus que talvez não exista.

Olhou para chão e mal disse o céu,
Legou toda a sua vida a esperança de um amor.
Habitou as distâncias da mente,
Averiguou a solidão das almas e
Riu de seu próprio desespero.

Procurou nos olhares dos cães
As respostas dos corações,
Riscados pelas garras da paixão
Alimentou a dor de uma abstrata escravidão.

Tirou de seu íntimo os
Resquícios de forças para continuar,
Atrofiou todos os músculos
Sufocando o seu pesar.

Sacudiu o mais forte arbusto que encontrou
Estimulando a tua ira e
Mudou o teu semblante para a todos afastar.

Almejou ferir e magoar
Pessoas que em seu mundo tentasse entrar.
Refletiu como espelho os defeitos daqueles a se aproximar.
Escolheu a dedo a quem iria poupar.
Naufragou aqueles que sobre os outros tentaram navegar.
Destruiu os sonhos daqueles que deles se tornaram escravos.
Esperou o momento exato para agir e
Rasgou como trapo o mais precioso sonho que alimentou.

Atacou o seu próprio medo,
Liquidou o seu mais intenso desejo,
Guardou a sete chaves o verdadeiro amor que
Um dia poderia oferecer,
Matou toda a ilusão de ser dois e
Amou a solidão e a noite para não mais sofrer.

Criou para si sua própria religião.
Ondulou sem culpa a  virgem que de seu corpo se aproximou.
Intimidou o fantasma que tentava surgir em meio a escuridão.
Sugou todo o néctar de mais um corpo inerte no colchão e
Agourou tudo aquilo que um dia ofereceu de coração.

Procurou nas esquinas escuras os
Resquícios daquilo que fora um dia e
Ouviu apenas os sussurros impressos nos muros.

Fingiu estar bem,
Unicamente para enganar a si.
Trouxe para perto a pior morte que existe.
Urrou na solidão de seu mundo até chegar o momento e
Riu quando ela surgiu e com um sorriso tolo estampado na face
Outra vez partiu, para sempre, sempre ser só...