Mensagem para você!!!

Para ouvir a programação da Rádio RTS enquanto passeia pelas páginas do blogue, clique no ícone à direita, com o quadradinho e a seta, abrirá uma janela, é só clicar no play e curtir o melhor da música em 432Hz. Boa leitura e divirta-se...

Habilite o Flashplayer para ouvir Rádio RTS -

Free Shoutcast HostingRadio Stream Hosting

Contrariado


Às vezes me sinto alegre, porém, não compreendo o porque.
Às vezes os porquês me invadem e eu não sei por onde.
Às vezes me surgem respostas de perguntas que não fiz.
Às vezes faço coisas das quais não me lembro e
lembro de coisas que não fiz.

Às vezes me sinto triste e compreendo os motivos.
Às vezes os motivos me abandonam e não os encontro mais. 
Às vezes nos meus encontros casuais deixo de ser quem sou.
Às vezes sou aquele que não gostaria de ser.
É difícil nos encontrarmos com o que mais gostamos em nós. 

Às vezes sorrio quando quero gargalhar.
Às vezes gargalho quando quero chorar.
Às vezes choro quando quero gritar.
Às vezes grito para calar.
Calo, penso e reflito.

Reflito e não concluo o raciocínio.
Raciocínio e as imagens se misturam.
Devaneio e este torna-se um pesadelo.
Pesadelo que me dá prazer em sonhar.
Sonho que me dá medo em acordar.
Acordo e tenho que me calar.

Pois os segredos que trago em meu peito, só a mim posso confessar.

Dia Internacional da Mulher - 2014


Havia naquele peito um coração que batia, batia tão descompassadamente que não permitia que ela compreendesse o que causava tal emoção.
Havia naquele ventre um coração que batia, batia tão tranquilamente que lhe dava a certeza de que se tinha recebido a melhor companhia, uma mulher, uma mãe.
Mulheres que vivem um turbilhão de sentimentos, mas, não se permitem perderem-se em meio a tantas emoções.
São as guias, referências e o norte de muitos, se não de todos.
Mulheres que vencem barreiras, superam limitações e simplesmente ignoram preconceitos, avançam, conquistam, superam e provam não para outros, mas, para si o quanto são capazes de fazer o mesmo com zelo e carinho, com uma sutileza que é somente delas, onde o toque feminino transforma tudo em algo tão belo e agradável.
Mulheres guerreiras, operárias, administradoras e tantas outras coisas.
Mulheres que são simplesmente mulheres, que sentem, riem, gritam e choram, que odeiam e no instante seguinte amam novamente.
Mulheres que se entristecem com coisas que para homens não tem importância, mulheres que fazem daquilo que para nós homens não tem importância o mais especial momento de uma vida inteira.
Mulheres que em sua essência já são belas, pelo simples fato de serem mulheres, não importa a silhueta, a cor ou credo, mulher por si só já torna o universo mais encantador.
Mulheres já não são frágeis, talvez, jamais foram, apenas não as deixavam serem fortes, agora, porém, as amarras se romperam, os horizontes se ampliaram e tudo o que era cinza começa a se tornar mais branco, mais brando.
Há firmeza no pulso da mulher, mas há doçura em teu toque.
Há raiva no olhar da mulher se for provocada, mas, há verdade em seus sentimentos quando fala.
Há mágoa nas palavras de uma mulher quando constata a deslealdade, mas há perdão em seus gestos quando há dor suaviza.
Que ser perfeito em toda sua imperfeição, tão simples e complexo, tão forte e sensível, tão segura e frágil ao mesmo tempo.
E é por tudo isso e muito mais, que celebramos seus dias, internacional e nacional, mas, deveríamos celebrar em todo amanhecer a grata alegria de ter ao lado você Mulher, seja amiga, irmã, mãe, esposa ou qualquer outra forma de relação, pois, vocês são as cores que colorem nossos jardins, são inspirações e razões de muito do que nós homens jamais admitimos.
Parabéns mulheres!!!! 

Canção do desorientado



Sinto o tempo passar, não sei quando e nem porque tudo mudou assim, lembro dos dias junto com você e não quero me esquecer.
Lembra-se dos nossos planos, enfim?

O que fazer quando tudo está por um fio?
Para que lado tende um coração quando de repente surge uma nova intenção?

Tudo era sol e verão quando uma tempestade se formou, o vento soprou forte demais e nossas raízes não suportaram a força do destino
tombamos, então, cada qual para o seu lado.

Hoje não sei como estás, mas gostaria de lhe dizer que vou indo, sem muitas mudanças, mas ainda sigo meu caminho.

O que fazer quando no coração se sente tanto frio?
Qual direção seguir, quando o espírito se sente perdido?

Já procurei por muitas respostas além de mim, 
e somente mentiras encontrei no fim. Ouço a brisa e percebo que a cada fracasso uma força se renova em meu peito, mas, não é o suficiente para fugir desse lamento.

Quando se canta a canção do desorientado, há que se perguntar ao silêncio da alma qual caminho seguir, ouvir com atenção o que responde o coração e aceitar que a intensidade do que se viveu jamais irá se repetir.

O novo dia que se finda


É manhã, abro os olhos e vejo um novo dia. Me levanto, olho pela janela e penso: Um novo dia?
Ligo o rádio e ouço as mesmas músicas, ligo a tv e vejo as mesmas notícias, olho para minha família e ouço o mesmo tom nos bom dia.
Saio para a rua sempre no mesmo horário, pelo caminho encontro sempre as mesmas pessoas com os mesmo olhares ofuscados pelas mesmas cobranças, as mesmas preocupações e os mesmos irreais temores.
Percebo, então, os mesmos dias no novo dia.
Chego ao trabalho e ouço as mesmas reclamações, sobre minha mesa os mesmos papéis e formulários que não me dizem nada de diferente, nada além daquilo que já sei, como os livros das escolas que um dia me ensinaram algo novo, algo que acreditava que um dia usaria em minha vida, escola que disseram que me faria ser um ser digno para ser aceito em uma digna sociedade e que hoje se tornou indigno depósito daqueles considerados indignos das oportunidades dignas que tanto nos fizeram acreditar que teríamos acesso.
Lembro-me dos professores da minha infância, bravos heróis como os de hoje, que lutam com alma e coração para manter viva a esperança de que onovo dia será melhor do que este novo dia que se finda.

Quem somos?


Quem somos para gritar ao mundo em nome de incertos e inseguros deuses, se não somos capazes de compreendê-los ou definí-los?
Quem somos para chamar a atenção de outros com sermões vãos se não compreendemos o que dizemos e menos ainda, praticamos aquilo que dizemos para fazerem?
Quem somos para definir o bom e o mau para alguém, se até nossas decisões são tomadas pelas circunstâncias e conveniências?
Quem somos para impor novos valores e conceitos se estamos tão confusos quanto todos nessa realidade confusa?
Quem somos para dizer que o mundo está errado se não conseguimos consertar os erros dos próprios mundos?
Quem somos para definir e cobrar o amor, se em momentos contrários ao que queremos maldizemos tão belo sentimento e não oferecemos o amor que há em nós sem antes recebê-lo?
Quem somos para discutir a beleza de uma flor, se a beleza está nos olhos de quem vê?
Quem somos para definir o belo e o feio, se isto equivale ao estado de ânimo daquele que o interpreta?
Se não somos capazes de definir a nós mesmos, uma vez que sempre nos preocupamos pela forma que somos interpretados pelos outros, quem somos nós para definir ou julgar aquele que está ao nosso lado?
Somos apenas a soma dos defeitos, inseguranças, carências e virtudes, moldadas para atender as cenas da peça do dia-a-dia do teatro da vida.