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O sentido do desejo em se calar


 


E de repente tudo perde o sentido. Os dias são um eterno loop, tudo se parece, se percebe e se mostra igual. Tudo fica cinza, até mesmo os arranjos das melodias das músicas que ocasionalmente chega aos ouvidos parecem ser os mesmos. 

Um silêncio desesperador infla o peito num anseio insano de gritar toda dor, toda decepção, toda mágoa causada e sofrida por apenas ter tido a coragem de expressar o cansaço e o anseio genuíno de se viver.

Cada olhar lançado, cada palavra não dita, estala no ar como chibatadas lançadas impiedosas contra um corpo já fragilizado e cansado.

Os olhos se voltam ao horizonte, buscando a luz do Sol que se vai, como implorando para ser levado junto, pois, nada mais faz sentido.

Todos os esforços, todos os anos, horas de dedicação, a abdicação de momentos que poderia ser seus dedicados a outros, que hoje julgam e condenam pelo simples fato de que ao gritar tua dor, tirou deles o conforto e a segurança de uma ilusão de status e estabilidade, e ainda assim, o direito de viver uma vida lhe foi negado.

O silêncio do ambiente, o velado desprezo e indiferença, o julgamento de um ato em que apenas se pediu um pouco de vida está estampado em cada parede que o cerca.

Qual o sentido de viver uma vida sem vida?

Qual o sentido de insistir em permanecer num mundo no qual não se encaixa?

Qual o sentido de tentar se fazer entender quando ninguém realmente quer saber?

Qual o sentido que se perde?

Ah! Como seria bom nesse exato instante, nesse exato aqui e agora, perder os sentidos e todos os sentidos terem novamente uma lógica. Como seria bom, assim, como nos filmes de ficção, como um androide, ser desligado, e como uma pedra me tornar um peso inanimado esquecido em um canto qualquer, pois, se já deixado à margem da estrada em vida, melhor seria também o sê-lo após ela. 

Sem sentido, sem sentidos, sem lógicas, sem memórias, apenas, não estar, apenas, não ser, apenas, se esquecido e esquecer.