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Quando chegou o amor - Final


Minha vida continuou, durante muito tempo carreguei comigo inúmeras dúvidas, alimentei uma intensa culpa por jamais ter revelado meus sentimentos, apesar de que acreditava que se o tivesse feito, nada seria diferente, de certa forma eu acreditava até que ela sabia disso e talvez para me poupar de uma decepção, o que me é muito pouco provável, fazia de conta que não o percebia. Mas, o mais provável para mim, sempre foi o fato de que ela sempre soube, porém, sabia que um distanciamento ela perderia o grande amigo, quando a isso não tenho dúvidas, eu sempre fui o grande amigo que ela jamais teve.
Já adulto, já tendo vivido inúmeras experiências afetivas, nenhuma delas em relacionamento duradouro a reencontrei na rua, num domingo à tarde quando vinha da quadra de esportes. 
Foi o diálogo de sempre, sem muitas coisas interessantes a serem ditas. Eu senti meu coração acelerado, minhas mãos suarem novamente, mas, tinha a plena convicção de que não passaria disso, ela já não me causava as emoções com as mesma intensidade de antes.
Então, após algum tempo de conversa, inevitavelmente o assunto nos remeteu ao passado, onde novamente ela passou a relatar suas experiências e frustrações, eu em silêncio apenas ouvia, de vez em quando concordava com algo que ela dizia, apenas para demonstrar que eu estava prestando atenção.
Depois, ela me deu a vez para que eu falasse, contei as minhas experiências, falei das minhas aventuras e das noites em companhias que nem sempre estariam comigo ao amanhecer.
Então, sem que eu me desse conta, quase que instintivamente disse, que desde que me apaixonei por ela, não amei mais ninguém até aquele momento.
Dito isso, em uma fração de segundos meu corpo estava todo gelado, paralisado e meu olhar fixo nos olhos delas, não sei como e nem porque aquilo saiu entre minhas palavras.
Ela sorriu, segurou minhas mãos e delicadamente disse que naquela época ela não estava preparada para receber o sentimento que eu tinha para oferecer a ela, que ela sempre soube do que eu sentia, mas ela não conseguiria e não poderia corresponder e para não me magoar, procurava não me dar oportunidade de declarar.
Mas, que naquele momento ela sabia exatamente o que queria e que com tanto tempo passado, o carinho de amiga que ela tinha por mim e minha dedicação e lealdade a ela, fez despertar um novo sentimento, fez com que o sentimentos de amizade e admiração que ela sentia se tornasse algo maior e mais forte.
Eu fique estático, por um momento senti que meus olhos brilharam em tamanha intensidade que certamente foi notório a alegria que me invadiu, porém, no instante seguinte, me trouxe a razão novamente.
O coração batendo descompassado, as mãos suavas ainda mais abundantemente, estavam inquietas, não sabia exatamente como deixá-las, olhava para um lado, depois para outro. Observava as pessoas que passavam. Diante de mim o sol estava a se pôr, já se escondendo por entre às árvores do parque a minha frente, do meu lado direito as águas do rio corriam e me pareciam mais agitadas do que de costume, carros passavam apressados, pássaros começavam seus vôos em busca de lugares seguros para a noite que se aproximava.
Ela continuava em silêncio, parada a minha frente como que esperando uma resposta. Seus olhos negros, intensos pareciam tentar invadir minha mente para descobrir o que borbulhava lá dentro, seus lábios entre abertos, destacando o branco de seus sorriso agora oculto por uma rigidez muscular que demonstrava sua apreensão eram ainda mais apaixonantes.
levei minha mão direita até sua face, fiz um carinho com tamanha suavidade que nele depositei todo o amor de todos esses anos em que ficou guardado em meu peito.
Aproximei meu rosto lentamente do rosto dela, olhava em seus olhos.
Beijei suavemente sua testa, depois tua face.
Disse que ainda havia algo em mim que alimentava o sentimento que um dia decidi manter em segredo, mas, que naquele momento, se eu aceitasse aquilo que ela me propunha, certamente seria o início da preparação de um sofirimento muito maior para nós dois, pois, sabíamos que com o tempo isso deixaria de existir, ela encontraria uma outra pessoa por quem se interessaria e aí haveria apenas dois caminhos. 
Se calar e sofrer em silêncio por respeito e consideração a mim, ou ser sincera e romper com o que quer existisse no momento.
De uma forma ou de outra, ambos sofreriam, então que o melhor seria seguirmos, como sempre foi e que guardássemos na memória as boas e doces lembranças do sentimos quando chegou o amor.
Dei-lhe um beijo na outra face e segui meu caminho, ainda olhei para trás uma última vez, para gravar na memória o momento que poderia significar a melhor ou pior escolha que eu poderia ter feito e então percebi que dessa vez, foi eu quem deixei o meu grande amor com sua dor pela primeira vez.

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