A renúncia do Papa Bento XVI

Foi recebida com muita surpresa por muitos da alta hierarquia da igreja católica, como também pela maioria dos católicos de todo o mundo, o anúncio de Joseph Ratzinger (Bento XVI) a sua renúncia ao papado.

Uma pessoa de temperamento benévolo, porém, de atitudes e decisões quase sempre inflexíveis quanto as posturas mais ortodoxas da igreja católica, teve sua confirmação ao cargo no último clero, após a morte do Papa João Paulo II, justamente por sua postura de rearfirmar os valores que sempre foram os pilares da igreja católica.

Durante sua ocupação no cargo, viveu diversas situações delicadas, enfrentando conflitos com outras linhas religiosas, com próprios católicos que postura teológicas divergentes e principalmente problemas com escândalos dentro da própria igreja católica.

Amado, admirado e respeitado por muitos, mas também não tão bem visto assim em igual proporção, tomou medidas que agradaram e desagradaram, mas, jamais abandonando sua postura inicial de reforçar as regras morais as quais eram os pilares da igreja católica.

Fica agora a pergunta:

Como ficará a imagem da igreja católica?

Os procedimentos para a eleição de um novo papa, provavelmente seja o mesmo, nada mudará quanto a isso.

Mas, que assumir terá pela frente uma instituição hoje questionada e colocada a prova devido as denúncias de corrupção dentro da sua estrutura, denúncias de pedofilia, muçulmanos e outros segmentos religiosos e políticos que se posicionam com reservas desde algumas das últimas atitudes do agora ex-Papa.

Qual entre os possíveis candidatos hoje terá habilidade política e diplomática para administrar e re-aproximar aqueles que se distanciaram e manter, senão, trazer para mais perto da igreja os que já estão?

Enquanto ouvia e lia a informação da renúncia, me lembrei de alguns materiais que havia lido anos atrás, onde se profetizava o fim da igreja católica, a renúncia ou expulsão de um papa e o início da administração dos aliados da besta.

Não quero aqui mergulhar em profecias e tantos alardes, me sua maioria falsas.

Mas, não seria possível que algumas forças internas de dentro do próprio vaticano, dentro de interesses políticos não tenham forçado uma eventual renúncia?

Sendo Bento XVI um senhor de 85 anos e com saúde debilitada frágil demais para suportar tamanhas pressões que podem ter surgido de todos os lados?

Não seria os aliados das bestas, nada mais que clérigos que como os bispos e pastores das igrejas evangélicas que tanto vemos envolvidos em processos e escândalos relacionados a dinheiro, não estejam também em busca seus lugares ao sol?

Vivemos em um mundo absolutamente capitalista, onde até mesmo os resistentes socialistas, de alguma forma comercializam-se entre si, favorecendo alguns poucos e esquecendo a grande maioria do seu povo. Então, porque também, não supor a hipótese de que, tanto as instituições públicas em qualquer uma de suas esferas são hojes instituições falidas, não seriam também as instituições religiosas verdadeiros elefantes brancos alimentados ainda por uma falsa ilusão de que precisamos de templos, papas e pastores para seguirmos em direção a um suposto Deus difundido por eles?

Não estaria esse Deus dentro de cada um de nós, no semelhante que negamos estender a mão, no miserável que pede um qualquer coisa com sua mão estendida e seu corpo inerte ao chão, não estaria esse Deus nos olhos das crianças sentadas à margem da sociedade, esperando que do céu, como por milagre algo aconteça e mude suas vidas?

Lembro-me agora, de uma passagem do filme "Código Da Vinci":

" DEUS Disse:

- Corte um pedaço de madeira e lá EU estarei, levante uma pedra e ME encontrarás."