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Uma homenagem a mim


Eu me reservo hoje o direito de falar de mim, para não ser nada modesto, permito hoje me homenagear.
Saúdo em mim, todos os meus defeitos, todo o meu mau e maldade.
Saúdo em mim, aquilo tudo que todos odeiam ou no mínimo não gostam, mas que eu aceito em mim.
Saúdo minha ignorância, minha antipatia, minha anti socialidade.
Saúdo minha arrogância, minha prepotência, meu hábito de acreditar que sei muito mesmo quando uma voz incessante me sussurra que ainda há muito o que aprender.
Hoje eu grito para mim que sou como sou e ainda que carregue uma pesada imagem do que os outros fazem de meus atos, eu me homenageio.
Homenageio em mim a audácia de compreender o universo em seus sutis sinais trazidos pelas copas das árvores que balançam suaves com seu toque.
Em compreender os silêncios escandalosos estampados nas retinas tímidas e tristes que tentam se esconder em sorrisos encantadores.
Em compreender as palavras que lábios deliciosos sussurram em gemidos forçados de carícias tão suavemente arrancadas em gestos rudes.
Em ir além do caminho que todos insistem em dizer e propagar que a partir daquele ponto se torna perigoso.
Hoje, quero ser apenas o pior de mim.
Ainda em vida quero estar na companhia daquele que muitas vezes deixo oculto devido a regras que não sigo, que escondo por causa de valores e morais que sei que já morreram, mas como bom hipócrita que sou, mostro que também sei jogar esse estúpido jogo que chamam de convívio social ou politicamente correto.
Quero em vida me homenagear, ainda que seja o meu lado perverso, pois sei, que quando meu corpo cansar dessa brincadeira que perde a graça a cada novo ano, haverá alguns que falarão de minhas virtudes, que lembrarão dos bons momentos e que certamente tentarão de alguma forma priorizar uma imagem positiva a meu respeito, ainda que seja esse o que mais me ofendeu e destroçou a mim, mesmo em seus mais íntimos pensamentos.
Que aceitem de mim, como eu aceito a imagem que querem manter e alimentar a meu respeito, mas hoje eu grito e esbravejo, vocifero e mal digo aquilo que sempre coloquei em falsa evidência.
Hoje sei que muito fiz e muito do que fiz, o fiz apenas, única e exclusivamente por mim.
Amei, apenas porque eu quis que me amassem, doei apenas para mostrar quão bom eu poderia ser, se assim eu quisesse sê-lo, ouvi com o mais sincero desejo de ser ouvido e cantei com o mais intenso desejo de incomodar aquele que queria o silêncio.
Hoje, e por enquanto, apenas hoje. Eu quero homenagear a mim, sem máscaras, sem meios termos, sem culpas pela metade... Aliás, a favas com as culpas, culpas e culpados não exitem, assim, como certo e errado. O que existem são escolhas e sempre escolhemos por algo, porque acreditarmos que é a melhor opção naquele momento, as consequências, são meras consequências que nos levarão à novas escolhas e as escolhas são sempre individuais, são minhas, são suas e de qualquer outra pessoa, mas jamais de mais de um só ser. Ah! Já vai me dizer que quando um casal decido juntos um caminho, a escolha já não é de um, mas de dois. Mentira. E reafirmo, mentira. Um dos dois cedeu para deixar a outra pessoa contente, no fundo, odiou a opção, mas ainda assim, tudo por amor. Então, não me culpo e nem culpo alguém das escolhas e consequências que sofri e não digo que acertei e nem que errei, apenas escolhi, como agora escolho homenagear a mim.

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