Usamos palavras para ferir-nos mutuamente,
encenamos sentimentos e fatos acontecidos, em uma tentativa desesperada de convencer o outro das nossas verdades.
As palavras são sutilmente atiradas enquanto
sentimentos são friamente manipulados, são armas que apontamos numa sarcástica brincadeira de ferir, onde há prazer em nossos olhos quando ferimos um coração já magoado, como se buscássemos nesse estúpido ato de impor aquilo que não aceitamos a esperança de acreditar que isso irá curar nossas feridas, tentando mascarar nosso egoísmo e o desejo de nos mantermos presos aquilo que nos causa a dor.
As palavras são componentes de um jogo e são usadas por nós para nos protegermos e agredirmos, buscando escapar de armadilhas criadas por nós que estupidamente esperamos que outros caiam...
As cenas criadas nada mais são que peças da fantasia do teatro que são nossas vidas, vidas paralelas, criadas apenas para impressionar.
Na realidade simplesmente é aquilo que aceitamos contrariados, aquilo que diante de nós se esvai suavemente como o último suspiro dado após o adeus daquela pessoa que amamos e fizemos de tudo para que ela partisse.
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