Por quanto tempo se caminha, sem saber onde se quer chegar?
Por quanto tempo se questiona, sobre coisas que não se tem certeza de querer saber?
Por quantas vezes se forçam respostas, que no íntimo se sabe não querer ouvir?
Por quantas vezes se responde, com a certeza de que não era o que se queria dizer?
Por tantas vezes se anda apressado para se chegar a um destino sem ter um horário marcado, cria-se dúvidas desnecessárias, apenas para se ter em que pensar. Reformulá-se respostas, para distorcer as certezas enraizadas e se faz coisas, apenas, por fazê-las, mas sem nenhum sentido ou propósito.
Já se questionou sobre estrelas, ondas, ventos e toda a existência da natureza.
Questionou sobre pessoas, animais e sobre si.
Questionou mistérios não tão misteriosos assim e também aqueles que talvez nem existam.
Questionou obviedades, lógicas e afirmações. Sondou sobre a vida, morte, sonhos, esperança e saudade.
E por mais que se tenha caminhado, vivido, aprendido e dito.
O muito apressado se tornou lento, as certezas permaneceram as mesmas, assim como as dúvidas,
as reformulações parecem ter sido todas em vão e todos os feitos não foram mais que repetições.
E no fim, continua sem saber exatamente onde se quer chegar, continua alimentando expectativas de compromissos que teme marcar, continua a contemplar toda a existência sem experimentar a real magia de viver aquilo que se insiste em sonhar.
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