É fácil viver indiferente a tudo, sem tempo e nem lugar, sem destino e nem motivos.
É fácil beijar os lábios de alguém sem a preocupação com o que se verá no fundo daquele olhar.
É fácil criar papéis para as situações do dia-a-dia.
É fácil justificar os atos para fugir das consequências.
É fácil criar respostas para iludir os tão magoados corações que se deixa pelo caminho.
Pode não parecer, mas, é fácil viver sem ninguém.
É fácil fugir da solidão que sorrateira circunda as noites.
É fácil, basta um trago no cigarro e um gole de qualquer bebida.
É fácil ser indiferente aos carinhos e apegos,
que por acaso ou tropeço no caminho dos dias se contra-cena.
É fácil criar justificativas para iludir o próprio coração, pode não parecer, mas, é fácil beber um cigarro e acender uma bebida.
É fácil quando se deita e não há ninguém ao lado, então, vem de muito longe uma canção do passado, que se passa tempos tentando esquecer.
E nos limites do quarto é fácil se perder pelas estreitas ruas do tempo, perdendo-se do mundo, de si, na companhia de desejáveis fantasmas.
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