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A missão


Ele se questionava, queria compreender exatamente o início de todo seu processo, os motivos e as motivações e sempre que perguntava as vozes diziam que ainda não era o momento de revelarem , mas que em breve chegaria esse momento e então, tudo seria compreendido. Mas, que nesse momento poderiam adiantar algumas coisas, alguns fatos e informações.
Então, começaram a dizer:
- Você vem de muito longe, vem de um plano de energia bastante distante desse aqui em que se encontra. Durante sua viagem para chegar até aqui passou por muitos outros planos e em todos eles o objetivo foi te preparar para o que está vivendo nesse momento. Há muito tempo que traz consigo a missão de ensinar as pessoas a encontrarem e acessarem novamente suas essências, ser a ponte entre o comum e o superior em cada ser. Durante todo esse longo caminho que percorreu você absorveu conhecimentos e informações, acumulou experiências e hoje está aqui para compartilhá-las com todos que fizerem parte do teu caminho. Você busca ajudar a essas pessoas e conduzí-las ao próprio mundo interior para confrontarem, compreenderem um pouco mais de suas existências e se fortalecerem para superarem os fantasmas e demônios internos que carregam limitando o verdadeiro sentido de suas existências aqui.
Mas, tem que se lembrar de que em momento algum lhe fora dado liberdade ou autoridade para decidir por elas ou mostrar-lhe as respostas que elas buscam, você está aqui para mostrar a direção, porém, o caminho são elas que terão que percorrer.
Todas as suas missões foram cumpridas dentro do que se propôs a fazer e quando aceitou a essa tinha consciência de que não seria compreendido ou correspondido em suas expectativas e anseios, porque isso cabe a você, você é quem está aqui para ensinar a compreender e corresponder e não o inverso.
A você cabe a cada dia exercitar e fortalecer em você essas características, porque são elas a demonstração da humildade e o reconhecimento do sagrado em todas as outras formas de energia que encontrou durante toda a sua viagem.
Quando te foi proposto essa missão, sabia que estaria muito próximo do seu destino e que após cumpri-la partiria para um novo grau de evolução. 
No entanto, após ter atingido seus objetivos com as duas pessoas que lhe foram postas em teu caminho, que eram os focos principais, além das demais que ainda que por pouco tempo estiveram ao teu lado na estrada e com as quais compartilhou e teve compartilhado o que era necessário para o momento, teve a sua oportunidade de partir desse plano, mas ao saber de uma outra essência que se encontrava em tão intenso e terrível conflito, percebendo que não havia uma energia que se sentisse preparada para enfrentar tal situação, uma vez que nem sempre é possível retornar de um estágio mais evoluído para auxiliar em uma esfera inferior, sendo isso uma grande prova para os que se encontra em tal nível para atingir o próximo degrau evolutivo, resolveu aceitar esse outro desafio e aqui permanecer para mais uma vez tentar levar paz interna a alguém.
Todos inclusive você tinha consciência que a aproximação com essa pessoa poderia fazer com que regredisse em tua escala evolutiva, pois, teria que enfrentar não só os demônios e fantasmas dessa pessoa, mas ela também o conduziria às profundezas de tua existência e despertaria os monstros com quem tanto já lutou e os venceu, aprisionando-os em local onde nem mesmo você se atreveria até então voltar a buscar em suas viagens internas. Você abriu mão de tua passagem, para permanecer nesse plano e compartilhar o melhor em si e tentar guiar e ajudar a essa pessoa encontrar o que há de melhor nela.
Muitos dos conhecimentos, informações e lembranças foram apagadas em sua memória para não permitir um pré julgamento ou mesmo que isso influenciasse suas decisões, uma vez que esse desafio, mais do que qualquer outro que já tenha vivido iria ajudá-lo a fortalecer em você as virtudes que foram a razão de suas últimas missões.
Porém, cada situação, cada fato, cada pessoa que encontrou no decorrer do seu caminho tiveram seus papéis, cada qual deu sua contribuição para prepará-lo para esse momento e estivemos o tempo todo ao teu lado, acompanhando e observando.
Você silenciou, quando tinha que silenciar. Se ausentou, quando foi preciso se ausentar e mergulhou no mais profundo em si em busca dos demônios que havia trancado, para fortalecer-se contra os demônios daquela que tentava ajudar.
E agora, o que temos que te dizer é que está próximo o momento de sua partida. 
Você fez sua parte e ela fez a escolha. Como você não tem autoridade para influenciar, apesar de ter o poder para isso, nenhuma forma de energia tem o direito de interferir no livre arbítrio de outra existência, então, fique em paz consigo, considere sua missão cumprida e prepare-se para seguir o teu caminho.

Acredite, houve um tempo


E houve um tempo em que tudo o que queria era apenas viver, sonhava com tudo aquilo que apesar de para muitos ser o mais impossível dos possíveis sonhos, era para mim o mais provável das improbabilidades.
Não me importava com minhas caretas quando caminhava sozinho, nem quando absorto em meus pensamentos conversava com amigos que ninguém via.
Não me incomodava em simplesmente abrir um sorriso por algo absolutamente sem sentido que me invadia a mente.
Houve um tempo em que independente da distância que eu teria que percorrer, nada era longe demais se eu realmente quisesse chegar, não havia tempo demorado, havia apenas o tempo, aliás, nem o tempo havia, existia apenas o dia que era iluminado pelo sol ardente e maravilhoso e que eu adorava olhar diretamente em seus olhos para depois olhar em uma parede branca e ver manchas espalhadas e distorcidas, é eu sei, é verdade que por isso ainda hoje vejo manchas mesmo sem olhar para ele, mas eu adorava e me divertia com isso e haviam também a lua e as estrelas que me avisavam que logo seria hora de voltar para casa e eu me divertia no caminho escuro que percorria brincando com as estrelas e as comparando com os vaga-lumes que salpicavam a trilha estreita ladeada por capim gordura que me cortavam as pernas.
Isso não me incomodavam, ao contrário me divertia e por muitas vezes tropeçava em alguma tosseira e caia de cara quando tentava dar um passo mais largo no intuito de pegar em minha pequena mão um daqueles pirilampos.
Houve um tempo em que eu brincava embaixo da água no chuveiro sem me preocupar com o tempo e o consumo que aquilo poderia significar, apenas, entrava, me ensaboava e a espuma era motivo de mil e uma brincadeiras.
Ah! Houve um tempo, acredite, houve mesmo aquele tempo em que eu apenas acordava pela manhã e a única preocupação era com o que ou de que iria brincar quando ganhasse a rua depois do café, café da manhã sem luxo, apenas um leite fervido na velha leiteira de alumínio com o café que deixava sua fumaça sair pelo bico da cafeteira estreita e amassada, cheias de marcas do tempo e do uso a minha frente, aquele pãozinho que na época era saboroso, ainda lembro o sabor de sua massa quando fecho os olhos, a margarina que derretia, porque o pãozinho chegava quentinho em casa, não tinha mais nada, era só isso e depois, rua.
E na rua, brincava de pega-pega, policia e ladrão, esconde-esconde, pula-sela, rodava pião, soltava pipa, descia a ladeira de carrinho de rolemã, andava de bicicleta, jogava futebol no campinho de terra onde no fundo tinha um riachinho, a água não encobria os tornozelos, mas era o suficiente para brincarmos de jogar um ao outro na água e depois brincar com a argila que tinha nas margens, fazia bonequinhos que depois eram quebrados apenas para rirmos de um ato tão inútil.
É... Houve um tempo... E há um tempo.
O tempo que há é o tempo de lembrar aquele que houve, é tempo de resgatar os sonhos impossíveis, a superação das distâncias tantas vezes utilizadas como pretextos para justificar a própria preguiça de fazer algo que não se quer muito fazer. Há o tempo de esquecer o relógio, esquecer a divisão quase exata do que chamamos de dia e vivermos apenas o tempo que se apresenta, sem carregar demais as pedras de outrora e nem as plumas do um tempo que ainda não há. 
Eis o tempo em que mesmo sem olhar diretamente para o sol, como antes, vê-lo e sentí-lo em toda sua intensidade, alimentar a alma e o espírito com tua força e apagar as manchas que ainda possam se mostrar diante de nossos olhos, eis o tempo de olharmos para a lua e permitirmos ser astronautas e viajar ao seu redor, buscar e passear no dragão desenhado em suas crateras, conhecer as estrelas e tentar apanhá-las como vaga-lumes em campo escuro.
Eis o tempo de sentar diante da mesa farta e se fartar do que realmente gosta, não comer só porque alguém na tv disse que é importante, bonito, gostoso ou faz bem. O que faz bem é aquilo que realmente gostamos.
Eis o tempo de novamente ser criança, libertar o gênio, o artista, o músico e o poeta adormecido, é tempo de criar novos brinquedos e brincadeiras, de ser novamente livre de si mesmo.
Tempo de seguir a estrada sem pensar na distância, sem preocupação com o tempo.
É tempo apenas de viver, viver de verdade e não de mentirinha como quando era criança e sonhava com a impossibilidade de ser adulto. 

O mal em mim


E eu quero apenas que me olhe, menina. Olhe apenas para aquilo que tenho de bom, porque, defeitos todos temos e não temos que nos apoiar neles para alimentar o amor.
E um dia todos escorregamos e cometemos algum erro e sem querer machucamos aqueles que amamos.
E agora quero apenas dizer, que o meu erro é amar demais e não ter medo e nem vergonha de demonstrar isso. 
Há tantas pessoas à nossa volta o tempo todo e esquecemos de dar atenção a quem realmente importa.
Todos nós precisamos de alguém para amar e para que nos amem também, mas, nem por isso temos que deixar de ser quem somos.
O verdadeiro amor consiste em sermos aquilo que nos faça sentirmos bem e que nos permita oferecer a quem está ao nosso lado, mas isso não significa que não erraremos.
Não posso prometer que tudo será eterno, que não haverá tempestades no horizonte azul que juntos pintamos no quadro do nosso horizonte, mas, posso prometer que mesmo quando eu errar será com a intenção de te agradar.
Infelizmente nem tudo o que espera de mim sou capaz de adivinhar e mesmo quando me diz, nem sempre consigo compreender.
Não sou tão mal, menina, que não seja capaz de amar e muitas vezes nas más atitudes estou apenas pedindo que me ajude a acertar, que me ensine a fazer direito aquilo que muitas vezes não faço do jeito que você gostaria que eu fizesse.
E assim sigo os meus dias, pensando e desejando fazer o melhor sempre, mas nesse caminho erro o passo e às vezes ando depressa demais, outras devagar demais e por mais que me esforce, acontece de eu não conseguir acompanhar o seu ritmo.
Não quero deixar de ser seu amigo e também não quero ser somente isso, quer conseguir ser para você aquilo que sempre desejou que alguém fosse e jamais conseguiu, quero preencher vazios que nem mesmo você sabia existir, quero criar em você aquilo que um dia decidiu não permitir existir.
Quero apenas que olhe nos meus olhos e veja além dessas pálpebras cansadas e retinas desgastadas por tantas dores já presenciadas, quero que me ajude a encontrar lá no fundo do meu ser a alegria verdadeira que é mais intensa do que o meu sorriso mais sincero quando não estou com você.
Não sou tão mal, nem tão bom também, sou apenas um homem querendo insistir no sonho de ser criança para amar apenas o bom em você e com um sorriso tímido que ame também o mal que há em mim.
                                                          Karl Mot

Conhecer uma mulher




Conhecer uma mulher é como fazer a primeira viagem para um lugar que jamais estivera. 
Perde o melhor dessa encantadora viagem, aquele que se preocupa somente com o destino, sem se atentar aos pequenos e valiosos detalhes do percurso. 
Perde, aquele que não contempla a intensidade da luz no brilho do seu olhar devido a um simples gesto de carinho. 
Perde, aquele que não se esforça em provocar nela um sorriso tímido pelo mais tolo motivo e perceber nos lábios que se abrem a beleza da sua essência. 
Perde, aquele que fecha seus olhos para dormir enquanto evita ser embalado pelas palavras que para ela é tão importante dizer, mas, mais ainda, é fundamental ser ouvida, pois, por mais corriqueiro que seja o assunto, é uma forma dela dizer que gosta da sua companhia e quer te agradar. 
Conhecer uma mulher é a mais bela e encantadora viagem que um homem pode fazer em sua vida. Cada qual com suas belezas, encantos e mistérios. Cada qual uma infinidade de conhecimento, sabedoria e descobertas. 
Ganha, aquele que se atrever ir além do caminho por outros percorridos, aquele que tem a coragem de fazer de forma diferente aquilo que todos fazem ou fizeram sempre igual. Ganha, aquele que tem a sensibilidade de expressar o que sente e buscar descobrir e compreender aquilo que ela sente. 
Conhecer uma mulher é conhecer a si próprio no mais próximo da emoção e sentimentos que envolve um ser humano. Conhecer uma mulher é estar naquele lugar mágico, que somente alguns tem o privilégio e o prazer de estar, ainda que esta estada dure somente alguns segundos. Conhecer uma mulher exige do homem, mais do que hombridade, exige sentimento, não o sentimento eterno de juras vagas que são levadas com o tempo, mas o sentimento verdadeiro, sincero e intenso da entrega plena no momento em que se abre diante de ti a passagem para o paraíso. 
Conhecer uma mulher é contemplar a paisagem em volta do caminho em cada seu novo amanhecer, em cada seu velho anoitecer e dar a cada novo sol um brilho mais intenso que o de ontem, em cada nova lua a delicadeza do sussurro das palavras doces fugidias no afã do último momento e ver em cada nova estrela o brilho refletido daquela, ainda que somente naquele instante, fora sua amada. Conhecer uma mulher é entregar-se sem medos, receios, valore ou pudores para aquela que poderá a partir daquele momento, segurar entre as mãos seu coração.                                                     
                                                                   Karl Mot