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Tolos são os românticos



Tolos são os românticos, que insistem em acreditar, compreender e esperar.
Todos os românticos são tolos por excelência, fadados aos fracassos, por sonhar, cultivar, cuidar e alimentar esses sonhos, com todo o carinho que sem sê-lo, jamais, alguém o seria capaz de fazê-lo.
Tolos são os românticos, que tropeçam em tijolos soltos nas calçadas, por acreditar que na próxima esquina algum de seus sonhos estará a esperá-lo.
Tolos, muito tolos são todos os românticos.
Idiotas de si mesmo, que se permite na imensa solidão de seu mundo, rir de seus anseios, chorar dos desesperos jamais revelados aos conscientes e racionais seres normais.
Palhaços que se divertem com sua inúteis peripécias para mostrar a importância de seus sonhos e a verdade de seus sentimentos.
Quão pobre são esses ingênuos tolos românticos.
Acreditam que forças universais alimentam tua sorte e sentimentos, acreditam no brilho de um olhar e em um sorriso que por acaso consegue em algum lábio provocar com seus malabarismos verbais, com sua criatividade de fazer de pequenos detalhes o mais especial momento.
Tolos e inúteis são os românticos com seus discursos de belas palavras, nem sempre pensadas ou ordenadas, mas, orquestradas nos arranjos e na harmonia dos sons emitidos por sua alma.
Tolos, são todos tolos, imprestáveis que só servem para alimentar o próprio ego acariciando seus sonhos e debilmente dividindo-os com aqueles que lhe são tão especiais, mas, insiste, em sua tolice que isso de alguma forma possa ser importante.
Tolos, meros tolos, os românticos... 

Instantes


Cada decisão uma porta.
Cada porta, uma esperança.
Cada esperança, um sonho.
Cada sonho, um suspiro.
Cada suspiro um segundo,
um segundo a mais ou a menos?

E assim, a vida passa por nós e
entre portas que se abrem e
janelas que se fecham,
continuamos girando a maçaneta do destino.

E sem sabermos onde chegaremos,
seguimos em carona no
imprevisível trem da vida,
sem estação certa para desembarcar,
sem a certeza da parada em um novo sorriso.

Ficamos a mercê daquilo que desconhecemos,
porém, renovando a cada dia a
crença de que algo maior nos observa,
influi, direciona, nos carrega e
conduz para o que quer que queira.
E apáticos só nos damos conta
quando diante do presente,
tentamos voltar ao passado
para nos escondermos do futuro.

Fácil



É fácil viver indiferente a tudo, sem tempo e nem lugar, sem destino e nem motivos.
É fácil beijar os lábios de alguém sem a preocupação com o que se verá no fundo daquele olhar.
É fácil criar papéis para as situações do dia-a-dia.
É fácil justificar os atos para fugir das consequências.
É fácil criar respostas para iludir os tão magoados corações que se deixa pelo caminho.
Pode não parecer, mas, é fácil viver sem ninguém.
É fácil fugir da solidão que sorrateira circunda as noites.
É fácil, basta um trago no cigarro e um gole de qualquer bebida.
É fácil ser indiferente aos carinhos e apegos,
que por acaso ou tropeço no caminho dos dias se contra-cena.
É fácil criar justificativas para iludir o próprio coração, pode não parecer, mas, é fácil beber um cigarro e acender uma bebida.
É fácil quando se deita e não há ninguém ao lado, então, vem de muito longe uma canção do passado, que se passa tempos tentando esquecer.
E nos limites do quarto é fácil se perder pelas estreitas ruas do tempo, perdendo-se do mundo, de si, na companhia de desejáveis fantasmas.

Com você.


O escuridão da noite, invade sem licença o dia,
o faz com a mesma delicadeza com que se diz um adeus, quando se parte,
mas o coração pede para ficar.

Estrelas tão solitárias no imenso manto negro, ocultam-se em preguiçosas nuvens
com movimentos tão suaves quanto os de um anjo mergulhado em seu sono tranquilo.

Olho para as profundezas do mar celeste,
com um sorriso de saudade no olhar.
Busca as respostas para os mistérios tão obviamente revelados aos meus olhos,
porém, tão distantes do meu coração que parece impossível sua verdadeira compreensão.

Me perco de mim para encontrar-me em você, você que está tão distante,
mas, tem a magia de fazer-se tão próxima,
tão junta a mim.

Sinto a intensidade do seu olhar e a força do seu sorriso,
respiro a sutileza de seus toques e a maciez dos seus carinhos.

Tens uma expressão indecifrável,
movimentos enigmáticos e
palavras sedutoras.

Quando estou contigo me sinto livre,
como jamais estive em todos
os caminhos já percorridos,
e ao mesmo tempo,
tão apaixonadamente aprisionado
que não faço questão da liberdade.

Nesse momento, liberdade é a escolha
de permanecer em teus braços,
enrolado em teus cabelos e
asfixiado sob o peso do teu corpo.