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Vou




Vou e as tuas loucuras e insanos desejos contemplarei, viverei intensamente cada carinho violento cheio de ternura e anseios a ti dedicados.

Passearei em teu corpo como se este fosse propriedade minha e para mim sempre esteve aberto, entregue, submerso em pensamentos para que eu o despertasse para aquilo que jamais viveu.

Vou, vou logo, rápido, agora.

Vou sem pensar na hora, no tempo ou contra-tempos, vou apenas para te ter, sentir, saborear e desfrutar de todos encantos e mistérios, de todos sonhos descabidos passíveis somente entre quatro paredes.

Saio agora, chego no instante seguinte
sedento e cheio do tesão que guardo para ti, para saciar a mim e a você, para sentir tua pele macia sob minha áspera palma,
para com toda a força que a sutileza do possuir exige estar em ti, sentir teu calor, teu suor, teu sabor.

Fazer meu aquilo que é teu, fazer nosso aquilo que jamais foi, fazer simplesmente tudo aquilo que não seja simplesmente amor...

Flor do deserto


E caminhava só, apesar de estar em meio a um grupo.
Sentia-se parte, quando parte era descontração, mas, sentia-se só quando parte era somente parte.
Quem havia, não via o melhor que ela tinha para mostrar, ao contrário, tentava em frágeis frases elaboradas destacar um pior que não existia ali.
Que a escutava, não ouvia suas melhores palavras, mas, tentavam distorcer frases contorcidas por uma dor que ela tentava não demonstrar.

Caminhava solitária às vezes em busca de lugares nada vazios, apenas sem a presença de pessoas.
Tentava se encontrar onde na verdade muitas pessoas se perdiam.
Buscava no labirinto que todos evitavam entrar o desafio de superar aquilo que a si mesma tentava se convencer que não a limitava.
Seguia por caminhos esguios, escuros e tristes quando estava sozinha e buscava nesse momento sua luz emanar.
Tentava em diversos desvios acertar o sentido de andar, não objetivando o destino, mas apenas ter ao seu redor a melhor paisagem para contemplar.

E muito já caminhou, apesar da pouca estrada andou, muito já viveu. 
Hoje se divide entre seu mundo e mundo que não é seu, busca o equilíbrio caminhando lentamente sobre a tênue linha que se chama dia, tenta não cair no desânimo da rotina, porém, luta para não se entregar no frenesi de uma nova vida.
Conflitos circundam sua mente, pensamentos aflitos invadem tua alma, e no entanto, seu sorriso não se esconde, o brilho de seu olhar não perde tua intensidade e nem a vida perde seu encanto. 

Assim, segue seu caminho, arriscando entre desvios, curvas e retas. 
Caminha sem se preocupar sob sol, chuva e neblinas, 
continua sem nada a temer a não ser o medo de ter medo de viver.
Sonha, como todos nós. Chora escondida sem expor suas lágrimas.
Sorri escancaradamente sem vergonha de ser feliz, ao menos naquele momento.

Como a flor do deserto que suporta as maiores e mais intensas intempéries, que em silêncio permanece, só, até que um suave toque consiga
penetrar além das suas resistentes barreiras e a faça desabrochar mostrando toda a beleza e essência que a protege daquilo que acredita que possa lhe fazer mal, destruir teus sonhos e o pior, eliminar tuas esperanças.

Uma lenda dos índios sioux



Conta uma lenda dos índios sioux que, certa
vez, Touro Bravo e Nuvem azul chegaram de
mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da
tribo e pediram:
- "Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas
nos amamos tanto que queremos um
conselho que nos garanta ficar sempre
juntos, que nos assegure estar um ao lado do
outro até a morte. Há algo que possamos
fazer?"
O velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão
apaixonados e tão ansiosos por uma palavra,
disse: - Há o que possa ser feito, ainda que
sejam tarefas muito difíceis.
Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao
norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o
falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida,
até o terceiro dia depois da lua cheia.
E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha
do trono; lá em cima, encontrarás a mais
brava de todas as águias. Somente com uma
rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim,
viva!
Os jovens se abraçaram com ternura e logo
partiram para cumprir a missão.
No dia estabelecido, na frente da tenda do
feiticeiro, os dois esperavam com as aves.
O velho tirou-as dos sacos e constatou que
eram verdadeiramente formosos exemplares
dos animais que ele tinha pedido.
E agora, o que faremos? Os jovens
perguntaram.
-Peguem as aves e amarrem uma à outra
pelos pés, com essas fitas de couro. Quando
estiverem amarradas, soltem-nas para que
voem livres.
Eles fizeram o que lhes foi ordenado e
soltaram os pássaros. A águia e o falcão
tentaram voar, mas conseguiram apenas
saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela
impossibilidade do vôo, as aves
arremessaram-se uma contra a outra,
bicando-se até se machucar.
Então o velho disse:
-Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é
o meu conselho. Vocês são como a águia e o
falcão. Se estiverem amarrados um ao outro,
ainda que por amor, não só viverão
arrastando-se, como também, cedo ou tarde,
começarão a machucar um ao outro.
Se quiserem que o amor entre vocês perdure,
voem juntos, mas jamais amarrados.
Libere a pessoa que você ama para que ela
possa voar com as próprias asas.
Essa é uma verdade no casamento e também
nas relações familiares, de amizades e
profissionais.
Respeite o direito das pessoas de voar rumo
ao sonho delas.
A lição principal é saber que somente livres as
pessoas são capazes de amar.
Ninguém é de ninguém. Se quiserem viver
juntos, em paz, deixem de lado o ciúme e
desconfiança.
É impossível viver bem quando não há
confiança e respeito de ambas as partes.

Autoria Desconhecida

Pelas palavras e pela saudade


E eu vivo com ela, por ela e para sempre. Às vezes até desconfio que já vivia em outras vidas e sinto na solidão do meu quarto o quanto ela faz parte de mim.
Com todos conflitos, dores e alegrias que ela me traz, mesmo quando digo não e não quero mais a vida, ainda assim, ela está comigo e passado a angústia percebo que é por ela que vivo.
Mesmo quando o grito sai do meu peito através do silêncio do meu olhar, me convenço que dela não vou escapar.
Mesmo quando lágrimas descem pela minha garganta, engolindo seco o úmido de uma emoção, ela sussurra em meus ouvidos: - Não vou deixar você me abandonar.
Então, nesse momento me convenço que não amo a ninguém além dela, que em minha vida não haverá outra a não ser ela.
Em manhãs de fúrias quando jogo para todos os lados papéis, canetas e palavras, ela permanece indiferente à minha raiva, raiva que não sei do que ou de quem e olho pelo espelho e nada vejo, mas sinto tua presença ali, parada, estática, apenas a me observar.
Saio para à rua, passos rápidos e firmes, saio decidido a não mais procurá-la, decidido que nem mesmo no meu pior momento irei novamente pensar em seu nome, no meu maior momento de dor nem mesmo assim, irei sussurrar com olhares tristes para um horizonte distante tua imagem para me acalmar.
No entanto, o vento sopra e com ele ouço seu canto, ouço sua voz dizendo que de nada adiantará, pois, ainda que eu tente deixá-la, ela não me deixará jamais. Ela assovia uma melodia para que eu entenda que ela invadiu minhas entranhas, tornou-se parte de mim e que metade da minha essência é ela e eu a metade dela.
Busco no silêncio da mata a distância de sua energia, mas encontro no roçar das folhas em meu rosto, o seu toque suave. Mergulho fundo nas águas calmas do lago que se forma após a cachoeira para não sentí-la e vejo no fundo a areia que lentamente se movimenta formando o desenho que ela deseja que minha mente crie. Volto à superfície e o rufor das águas que impacientes caem, me trazem o tamborilar dos dedos que nas madrugadas marcam o compasso das canções que neste instante juro nunca mais irei tentar compor.
Volto à margem, deito-me e permito que o sol intenso invada minha alma e tire de vez a penumbra de tantos pensamentos e sentimentos de minha essência, mas é inútil, ele apenas me aquece e me faz ter a certeza de que sempre vivi, vivo e viverei pelas palavras que selvagens como animais indomáveis correm por minhas veias, que foi, é e sempre será como os turbilhões espumantes das ondas que morrem na areia do mar quando as mais diversas emoções me dominam e as traduzo em sílabas repetidas aquilo que as palavras ditas e cantadas jamais permitirão que seja revelado.