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Estranha despedida


Noite estranha essa, noite de aparentes despedidas. Não despedidas de pessoas, do tipo adeus, até um dia. Mas, despedidas de sentimentos, de momentos vividos. Lembro-me de tantas coisas vividas, tantos sonhos alimentados, expectativas desmedidas, sabe, daquelas que quando permitimos as imagens virem a mente, o coração dispara, a respiração acelera e por fim suspiramos.
Em cada palavra hoje um sentimento de despedida, antes as lembranças traziam um brilho intenso no olhar e um sorriso bobo nos lábios, no entanto hoje, as palavras e lembranças marejaram o olhar e o sorriso ocultou-se em um semblante sereno, na verdade triste.
Eu tentei lutar contra isso, não quis aceitar que depois de um tempo, um tempo relativamente longo, os sentimentos não podem mais ser aprisionados no peito e que em algum momento eles se despedirão, sem dizer o porque, sem dizer para onde vão e simplesmente vão.
Estranho é que essa sensação de adeus, chega do nada, na brisa que soprou sob o sol, porém, trazendo um frio, uma sensação de estar absolutamente sozinho em meio a multidão. 
E então, repentinamente, a mente se depara com a imagem da lembrança daquela pessoa, daquele sentimento que ainda se insiste querer guardar no peito, e sente-se esse sentimento saindo pelas frestas das portas por tanto tempo tão bem trancadas, e tenta-se desesperadamente segurá-las com as mãos, como tente impedir o pássaro que sai da gaiola de voar para o ilimitado espaço que se apresenta lá fora. 
Porém, mais desesperador que sentir ele escapando de dentro do peito, é o ato de sentí-lo escapando pelos vãos dos dedos tão fortemente fechados na esperança de conseguir ficar com um mínimo dele que lhe seja permitido, e então, abre-se a mão e vê que nada ficou e ele se foi pelos vãos e todo o esforço fora em vão.
E então, na estranha neblina que envolve meu olhar nessa estranha noite, fico eu só a pensar e pesar, lembro e relembro meus atos e os atos de todos esses sentimentos e na harmonia de uma triste melodia, percebo que esse é o momento de recomeçar, de voltar a amar, mas amar antes a mim para aprender que ainda a outros posso também amar.