É manhã, abro os olhos e vejo um novo dia. Me levanto, olho pela janela e penso: Um novo dia?
Ligo o rádio e ouço as mesmas músicas, ligo a tv e vejo as mesmas notícias, olho para minha família e ouço o mesmo tom nos bom dia.
Saio para a rua sempre no mesmo horário, pelo caminho encontro sempre as mesmas pessoas com os mesmo olhares ofuscados pelas mesmas cobranças, as mesmas preocupações e os mesmos irreais temores.
Percebo, então, os mesmos dias no novo dia.
Chego ao trabalho e ouço as mesmas reclamações, sobre minha mesa os mesmos papéis e formulários que não me dizem nada de diferente, nada além daquilo que já sei, como os livros das escolas que um dia me ensinaram algo novo, algo que acreditava que um dia usaria em minha vida, escola que disseram que me faria ser um ser digno para ser aceito em uma digna sociedade e que hoje se tornou indigno depósito daqueles considerados indignos das oportunidades dignas que tanto nos fizeram acreditar que teríamos acesso.
Lembro-me dos professores da minha infância, bravos heróis como os de hoje, que lutam com alma e coração para manter viva a esperança de que onovo dia será melhor do que este novo dia que se finda.
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