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Pelas palavras e pela saudade


E eu vivo com ela, por ela e para sempre. Às vezes até desconfio que já vivia em outras vidas e sinto na solidão do meu quarto o quanto ela faz parte de mim.
Com todos conflitos, dores e alegrias que ela me traz, mesmo quando digo não e não quero mais a vida, ainda assim, ela está comigo e passado a angústia percebo que é por ela que vivo.
Mesmo quando o grito sai do meu peito através do silêncio do meu olhar, me convenço que dela não vou escapar.
Mesmo quando lágrimas descem pela minha garganta, engolindo seco o úmido de uma emoção, ela sussurra em meus ouvidos: - Não vou deixar você me abandonar.
Então, nesse momento me convenço que não amo a ninguém além dela, que em minha vida não haverá outra a não ser ela.
Em manhãs de fúrias quando jogo para todos os lados papéis, canetas e palavras, ela permanece indiferente à minha raiva, raiva que não sei do que ou de quem e olho pelo espelho e nada vejo, mas sinto tua presença ali, parada, estática, apenas a me observar.
Saio para à rua, passos rápidos e firmes, saio decidido a não mais procurá-la, decidido que nem mesmo no meu pior momento irei novamente pensar em seu nome, no meu maior momento de dor nem mesmo assim, irei sussurrar com olhares tristes para um horizonte distante tua imagem para me acalmar.
No entanto, o vento sopra e com ele ouço seu canto, ouço sua voz dizendo que de nada adiantará, pois, ainda que eu tente deixá-la, ela não me deixará jamais. Ela assovia uma melodia para que eu entenda que ela invadiu minhas entranhas, tornou-se parte de mim e que metade da minha essência é ela e eu a metade dela.
Busco no silêncio da mata a distância de sua energia, mas encontro no roçar das folhas em meu rosto, o seu toque suave. Mergulho fundo nas águas calmas do lago que se forma após a cachoeira para não sentí-la e vejo no fundo a areia que lentamente se movimenta formando o desenho que ela deseja que minha mente crie. Volto à superfície e o rufor das águas que impacientes caem, me trazem o tamborilar dos dedos que nas madrugadas marcam o compasso das canções que neste instante juro nunca mais irei tentar compor.
Volto à margem, deito-me e permito que o sol intenso invada minha alma e tire de vez a penumbra de tantos pensamentos e sentimentos de minha essência, mas é inútil, ele apenas me aquece e me faz ter a certeza de que sempre vivi, vivo e viverei pelas palavras que selvagens como animais indomáveis correm por minhas veias, que foi, é e sempre será como os turbilhões espumantes das ondas que morrem na areia do mar quando as mais diversas emoções me dominam e as traduzo em sílabas repetidas aquilo que as palavras ditas e cantadas jamais permitirão que seja revelado.  

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