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Sem sentido


Texto escrito em 15/07/2003

Sigo, enquanto olho para o nada no horizonte a minha frente, percebo assombrado fantasmas que rondam minha mente. Uma mente insana devido a insistente busca pela harmonia entre corpo e alma, mente e coração, ódio e amor, convívio e solidão e todas as crenças e suas heresias.
A alma em seus mais profundos mergulhos na imensidão do desconhecido, busca o segredo da existência, tenta assim compreender os motivos do ser.
O corpo tenta as dores dos impactos dos acidentes ocasionados pela vida fechar as feridas deixadas pelos espinhos da longa estrada do tempo, cria para as respostas novas dúvidas, mas, sem sucesso na tentativa da exatidão dos sentidos.
A mente absorta na escuridão das análises, busca desesperadamente encontrar e compreender os sentidos ocultos nos sinais misteriosos do cotidiano, tenta interpretar fatos desconexos, tenta decifrar o enigma estampado nas frontes dos espectros que cruzam a tela diante dos olhos desse pobre corpo que caminha cansado, sofrido e quase sem rumo a lugar algum.
O coração que já não se define mais entre ser um músculo cansado que se debate dentro de um peito surrado ou a moradia de uma alma que algum tempo atrás trazia os mais belos e nobres conceitos, hoje substituídos por algo nem tão nobre assim. 
Uma batalha insana, sem tempo para cessar, que já deixou muitas feridas aqueles que por ironia do destino estiveram no local errado em um momento não muito adequado. E ainda busco incansavelmente encontrar a paz entre esses dois impostores que não caminham separados, e que justamente por estarem tão próximos deflagam o mais impiedoso conflito e não se importam com nada e nem com ninguém, buscam causar a total falta de coerência em meus atos...
E nessa busca, opto, mesmo em meio a multidão ou no calor do lar ficar em companhia da solidão, assim não firo e não corro o risco de ser ferido. Mas, como manter-me em meu mundo quando o calor alheio roça minha pele, quando sussurros, gemidos e suspiros invadem o silêncio do meu universo e faz tremer o mais secreto existente em minha alma?
E nesse momento fecho meus olhos, acalmo minha alma, aquieto meu corpo, silencio minha mente e faço parar meu coração. Louvo ao ódio e odeio ao amor, luto para expulsar o convívio e me agarrar novamente a solidão, busco no mais obscuro de meu ser forças para lutar contra a crença que tudo será diferente, e na mais sublime prece a um deus incerto e não seguro lamento não ter encontrado o equilíbrio e não resistir mais uma vez a você.
Karl Mot

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