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A esperança de um novo eterno amor


Sem entender os motivos, ele pensou que o melhor seria manter-se calado, distante, pois assim não encontraria novas situações que poderia ferí-lo e magoá-lo e também não a chatearia. Passou então a lembrar tudo o que acontecerá nos últimos dias, tentava mais uma vez encontrar o que passou sem ser percebido ou que eventualmente poderia ter sido compreendido de forma equivocada.
Tudo parecia estar bem naquele início de semana, mesmo passado por uma nova chateação decorrente dos mesmos temas de sempre e que por algum motivo ambos não conseguiam compreender exatamente qual era o motivo pelo qual não conseguiam se fazerem entender.
Mas, mesmo não compreendendo profundamente o que estava acontecendo, parecia que aquela conversa havia deixado alguma coisa clara para eles, parecia que as coisas iriam começar a fluir como sempre esperavam. Ele buscou no mais ínfimo detalhe das lembranças qualquer particularidade que justificasse aquela nova mudança de comportamento, novamente com a impressão (ao menos para ele), de que não havia um motivo que justificasse tais comportamentos, lembrou e relembrou, no entanto nada de novo encontrou.
Tiveram um final de semana tranqüilo, conversaram abertamente sobre o tema que tanto os chateavam e parece que então haviam encontrado um ponto de equilíbrio. Ele se espantou por uma atitude que não esperava dela, ficou surpreso e contente, ele via ali mais do que simplesmente uma concordância, ele via ali alguém que passara a acreditar nele, que estava disposta a estar ao seu lado numa batalha que se instalava e que definiria com certeza todo um novo ciclo em sua vida. Ele via pela primeira vez, uma atitude dela que ele sempre acreditou que poderia surgir, mas não esperava que fosse nesse momento. Tudo se renovou dentro de seu ser, suas expectativas, forças, sentimentos e disposição. Ele viu naquela atitude que para ela provavelmente não tinha outro fim ou origem, a não ser razão, ele viu sentimento e coração.
No entanto, quando anoiteceu, tudo já era diferente novamente, as atitudes agressivas dela em resposta aos seus carinhos haviam voltado, ele sempre se questionou o que acontecia para que ela agisse daquela forma, ele sempre procurando demonstrar o que sentia, através de palavras, carinhos e sempre obtinha como resposta um tom irônico, uma resposta ríspida, uma expressão de desprezo ou mesmo apenas um olhar que o distanciava e mantinha o silêncio, ele tentava mas não conseguia compreender.
Passou a perceber que ela evitava desde o toque de suas mãos, o beijo no rosto, como qualquer oportunidade que houvesse de demonstração de carinho e amor. Ele jamais disse a ela que a amava, ela não aceitava e de certa forma não permitia, ele buscou formas de fazê-lo e buscou também formas de compreender e respeitar as resistências e dificuldades dela, sempre esperando que aos poucos esses comportamentos fossem se modificando, não por ele ter feito algo, mas por ela realmente querer.
O tempo passou, os mesmos temas sempre recorrentes nas discussões, as atitudes e palavras dela sempre o ferindo, ele tentava nas mais diversas formas contornar, esclarecer e compartilhar uma interpretação e uma forma para que os dois conseguissem por um ponto final nessas discussões, mas não adiantava, não conseguiam se entender. Ele dizia que não havia mais o que discutir sobre o relacionamento, mas sim mudar as atitudes e comportamentos, os dois teriam que modificar algumas coisas para que pudessem melhorar esse relacionamento, mas de nada adiantava, assim seguiu até o momento em que se encontra. Sozinho, com o vazio da casa que mesmo não sendo tão grande, se torna maior a cada dia, se lembrou do dia anterior.
Ela fazendo os planos do que faria nas férias, dizia sobre ir a lugares que haviam conversado meses atrás de irem juntos, falava de ir durante a semana, ele perguntou sobre os passeios, como que esperando que ela dissesse algo sobre o que poderiam fazer juntos no final de semana, mas nem uma palavra foi dita. Enquanto caminhavam pela rua, pararam para comprar um doce, ele em um gesto de carinho, beijou-lhe a fronte, ela o olhou com uma expressão de desprezo e negação, o que o surpreendeu e mais do que surpreso, se sentiu constrangido, quando ao levantar o olhar observou que quatro pessoas olhavam para eles nesse momento, talvez esperando uma cena de carinho recíproco e no entanto, presenciaram uma expressão que deixava claro, ela não o queria ali. Chegaram em casa, ele tentou novamente uma aproximação, havia tentado durante o dia, sem sucesso, pensou ser devido ao fato dela estar ocupada com afazeres da vaidade feminina, porém, nessa nova tentativa ela deixou bem claro que não queria nenhuma aproximação, fosse qual fosse.
Ele tem em si uma dor aprisionada, um sofrimento que não é o primeiro, porém, suporta em silêncio, busca não piorar o que já está ruim e pensa agora que não há muito o que ser feito, por mais que ele queira amá-la, isso não será possível a menos que ela queira ser amada... Então, mais uma vez ele se cala, mais uma vez engole a seco o nó que veio a sua garganta, mais uma vez sente os olhos arderem, mas não há lágrimas, ele não consegue mais chorar, mas sofre e guarda para si todo o sofrimento, não pode esperar nem exigir que alguém o ame, que goste dele na mesma intensidade que ele e nem que o compreendam, mas, ele pode escolher viver com a decepção de mais um amor não correspondido e buscar em um novo olhar a esperança de um amor eterno, ainda que o eterno seja somente o tempo que durar e se no tempo que durar houver mais sorrisos que ofensas, mais carinhos do que agressões verbais e indiferença, então, esse durar será eterno em sua lembrança..

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