Vento esse que vem em rodopios furiosos destruindo em segundos tudo aquilo que em uma vida inteira pensou ter construído.
Quanto realmente se sonhou, desejou, lutou e se quis para tê-lo?
Quanto realmente se empenhou buscando em seu mais íntimo segredo a força além de tudo o que é pequeno seu troféu manter?
Troféu?!?!?! Será essa a palavra para aquilo que se acreditou e tanto sofreu ter lutado para ter?
Será que não se passa disso, troféu, aquilo pelo que quase se deu a vida e hoje parece ser em vão?
Será que tudo não passa de um jogo mesquinho onde o que realmente buscamos é provar o quanto somos egoístas, arrogantes e prepotentes, tentando impor a outros nada além daquilo que duvidamos crer?
Buscando impor aos outros, nossas estúpidas convicções de já ultrapassados valores que trouxeram inválidas mudanças, onde ter pessoas ao nossa volta é mero prestígio, onde essas pessoas não são mais que troféus expostos em nossas prateleiras gélidas de uma sala fria e vazia, para que massageando o próprio ego ficamos ali admirando, enquanto a vida passa cheia de oportunidades lá fora?
Troféus? Será essa a palavra para definir o que costumamos chamar de sonhos?
(Texto escrito em 03/09/07) por Karl Mot
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