E lá estava eu parado, sozinho, olhando o céu. Era tarde e a lua já se mostrava entre as nuvens. De repente, em minha mente inúmeras imagens de tudo o que vivi e mais ainda, imagens daquilo que ainda não vivenciei, dos lugares que ainda não visitei.
Uma música que tocava, a melodia que chegava através de meu fone me levava a distâncias imensuráveis. Distâncias tão longas que me sentia cavalgando em redemoinhos criados pelo vento que soprava, sentia a noite se aproximar e junto com ela uma distância que só aumentava em relação a mim.
Eu me distanciei de mim, me perdi daquilo que foi minha essência, esqueci quais eram meus sonhos, meus desejos e ambições. Esqueci os motivos pelos quais escolhi esse caminho e nesse caminho me vi seguindo e me distanciando cada vez mais daquele menino que um dia ousou, acreditou e venceu.
Venceu?! Venceu a quem, venceu o que? Qual era mesmo o sentido de tudo o que busquei?
Não havia sentido, apenas sentia, as circunstâncias me levaram e não eu a elas. Fui conduzido pela vida e pelo destino, e como diz a canção: "... O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído..." E me protegeu, mas apenas para se divertir com aquele ser mesquinho e egoísta que rodopiava nos redemoinhos do vento e do acaso.
E foi nesses ventos que me perdi de mim na distâncias de meus sentimentos e pensamentos.
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