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O julgamento


Um vazio interminável a sua frente, envolvido em intensa escuridão. Um grito no mais baixo tom quebrou a harmonia já ensurdecedora do silêncio que o envolvia.
Ele calou até mesmo a voz que ecoava em sua mente incomodando o mais profundo que havia em seu coração. Ele olhava as inabaláveis paredes de breu que haviam diante de si e como num espelho o incógnito temor passava a tomar forma, sua silhueta disforme, formava-se em seu presente como a um passado. Seus olhos queimavam sua alma como ele havia consumido a de alguém, sua boca escancarada devorava o seu último sonho, da mesma forma como ele devorou o primeiro de outra pessoa.
Ele caminhava na vazia escuridão sem rumo, sem ao menos sentir o chão sob seus pés, olhava para o nada na esperança de encontrar tudo: Uma saída.
Ouvia vozes que vinham de uma luz avermelhada que oscilava a uma considerável distância a sua frente, como que suspensa no vazio e escuro vácuo em que se sentia aprisionado. Se aproximou e chegou a um vasto salão, as vozes são de pessoas conhecidas por ele, não se lembrava em que circunstâncias as conheceram ou se separaram, mas sabia... Eram conhecidos.
Sentia uma presença que o incomodava muito mais, estava silhueta permanecia parada em um canto menos escuro do salão, acompanhava de forma discreta o compasso da melodia. Ele sabia que mesmo sem olhar diretamente, ela o observava.
Por impulso começou lentamente a caminhar em direção a silhueta, enquanto cruzava o salão observava atentamente as faces que pareciam flutuarem vindo em sua direção, quase atravessando seu corpo.
Se aproximou e ao chamar a silhueta virou-se e um calor intenso invadiu seu ser, teve a nítida impressão de que os ângulos e posições haviam sido invertidos, olhou para o vazio negro que havia no lugar de um rosto e se viu, via-se como os outros o viam. Via seus defeitos e virtudes, via seus gestos, sua postura e toda uma formação até então tida como sólida ruir-se no mais suave soprar de uma brisa.
Percebeu o que significavam as imagens e o que faziam ali estas pessoas, todo seu egocentrismo posto a prova, seu prestígio sendo apresentado para que aprendesse para que serve e tudo o que defendia parecia perder tuas finalidades.
- Onde pretende chegar? Ele perguntou desesperado, quase gritando.
- Chegou a tua hora, mas no seu julgamento serás condenado a uma segunda chance. Você sempre fora preso a ridículos valores e hipócritas crenças, deixou de viver por medo de aprender e quando resolveu fazê-lo não mediu conseqüências e por muitas vezes prejudicou a quem não merecia, terá uma segunda chance, pese bem tua vida e teus atos, pois é você quem julgará e o que decidir estará decidido, faça valer a pena esta oportunidade ou caminhará sobre as mesmas pedras e espinhos que andou até agora. Dizendo isso, a imagem se desfez. Acordou assustado, suado e se debatendo contra a coberta que me cobria o rosto.
Gargalhou de si ao ver-se tão assustado por um sonho, levantou e resolveu caminhar um pouco, ao abrir a porta e se lançar a rua, ao dobrar uma esquina alguém lhe pediu um cigarro, ele entregou e continuou sua caminhada, pouco depois, ouviu:
- Nem todos tem uma segunda chance...
Olhou para trás assustado, não havia ninguém além dele na penumbra da madrugada fria que fazia...

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